A volta às aulas nas escolas da rede pública municipal de São Paulo acontece hoje em meio à promessa de greve geral de professores. Os profissionais se juntam, segundo o Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal) a uma greve geral do funcionalismo municipal.
Os servidores protestam contra o projeto de lei 17.020/2018, que cria a Sampaprev (São Paulo Previdência), a reforma da previdência municipal.
Os médicos servidores municipais informaram que aderiram à greve e que manterão as atividades paradas “por tempo indeterminado”, mas que os atendimentos de emergência serão mantidos.
Enfermeiros servidores e guardas-civis metropolitanos também declararam apoio, em carta aberta.
Uma assembleia está marcada para as 14h de hoje, em frente à prefeitura.
Os funcionários do metrô também farão uma assembleia nesta segunda, às 18h30, no sindicato da categoria, por outros motivos. A reunião definirá os detalhes de uma greve prometida para terça-feira (5).
Os metroviários lutam contra o que consideram uma tentativa de retirada de direitos e terceirização do Metrô. Eles também protestam contra o choque de dois trens na linha 15-prata do monotrilho (no último dia 30) e à demissão de um operador de trem que, segundo os representantes da categoria, ocorreu por justa causa.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metroviários, Alex Fernandes, a greve do metrô será nas linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata (monotrilho). A linha 4-amarela não terá paralisação, pois ela é operada pela iniciativa privada.
A prefeitura informou que a aprovação da reforma da Previdência deve resultar em uma redução de cerca de R$ 370 milhões por ano no déficit para a cidade, mas que respeita o direito constitucional à greve. A gestão diz ainda que mantém diálogo com os sindicatos.
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