Descrição de chapéu Obituário Lygia de Moraes Zanini (1935 - 2019)

Mortes: Oradora espírita, cuidava de doentes a crianças órfãs

Além dos seis filhos, ela criou dois sobrinhos órfãos de mãe e ajudava a todos que podia

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Lygia herdou da mãe a dedicação aos trabalhos manuais. Começou com arranjos de flores e montagem de chapéus, até virar modelista e cortadeira em confecções, na capital paulista. Também era afeita a costurar vestidos de noiva e roupas de festa.

Além dos seis filhos, ela criou dois sobrinhos órfãos de mãe. Mas "quem batia à porta, entrava", diz a filha mais velha, Ivanira. É que Lygia acolhia mães solteiras --discriminadas à época. Dava emprego, fazia enxoval, até que elas se estabilizassem.

Dedicou sua vida aos outros por meio de sua religião, o espiritismo. Incorporava e psicografava cartas daqueles que já se foram --teve o mesmo mentor de Chico Xavier, em Uberaba (MG). O marido, com quem casou aos 20 anos, não professava a mesma fé, mas lhe apoiava.

Lygia de Moraes Zanini (1935-2019); Oradora espírita, cuidava de doentes a crianças órfãs
Oradora espírita, Lygia de Moraes Zanini cuidava de doentes a crianças órfãs - Arquivo Pessoal

Foi voluntária no Hospital do Fogo Selvagem, para ajudar a tratar a doença de pele de dezenas de acometidos. Frequentava um orfanato de 400 crianças, onde criou uma pequena oficina de costura com máquinas doadas, para que as roupas dos pequenos pudessem ser feitas ali mesmo.

Dedicou-se aos estudos sobre Allan Kardec e se tornou oradora da Federação Espírita do estado de São Paulo. Palestrante sobre o Evangelho de Cristo, gravou um CD com suas falas, chamado "A Rota da Felicidade". Fundou até o próprio centro espírita, o Paulo de Tarso, no Jardim Paraíso, na zona norte de São Paulo.

Sonhava em construir o Lar Escola Oficina, onde acolheria crianças para passar o dia. Seus pais poderiam ter orientação e cursos para engatar numa profissão. Também começou a escrever um livro e queria gravar seu segundo CD.

Isso antes de travar sua maior batalha, contra o Alzheimer, por 17 anos. Morreu no dia 9 de fevereiro, aos 83 anos, após uma infecção generalizada. Deixa oito filhos, 18 netos e 20 bisnetos.


coluna.obituario@grupofolha.com.br

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