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Polícia suspende folgas após transferência de líderes do PCC para presídios federais

Orientação dada a agentes é de que redobrem medidas de segurança; Secretaria de Segurança alerta sobre fake news

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São Paulo | Agora

A Polícia Militar paulista suspendeu nesta sexta (15) a folga dos PMs que atuam nas ruas do estado para reforçar o policiamento no fim de semana. Os policiais de setores administrativos também farão patrulhamento.

Policiais militares em base no largo São Bento, no centro de São Paulo - Rubens Cavallari/Folhapress

A medida ocorre após a transferência, na quarta-feira (13), de Marco Camacho, o Marcola, e mais 21 membros da cúpula da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) do presídio de Presidente Venceslau (a 611 km de SP) para presídios federais.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública da gestão João Doria (PSDB), as orientações dadas pelo Comando da PM são para que o contingente também redobre medidas de segurança, determinação que vem sendo feita desde quarta.

"São [orientações] de caráter eminentemente preventivo e objetivam potencializar a sensação de segurança na sociedade", diz.

Uma reunião entre comandantes de batalhões da PM na sexta definiu orientações passadas aos policiais. Entre as determinações estão para que um PM nunca fique sozinho.

O comando-geral da Guarda Civil Metropolitana também pediu para que seu efetivo "redobre a atenção". A Secretaria Municipal de Segurança Urbana disse que trabalha com as forças de segurança, ao ser questionada se reforçará o efetivo.

Para o professor Rafael Alcadipani da Silveira, da FGV (Fundação Getulio Vargas) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, "é oportuno que o comando instrua para que policiais reforcem a vigilância, desde a transferência dos líderes do PCC". "Tanto a PM quanto a Polícia Civil estão realizando operações de inteligência posicionando [a polícia] em lugares estratégicos".

Ele reforçou ainda a importância de se filtrar notícias falsas, como mensagens atribuídas à facção que circulam nas redes sociais.

Em comunicado enviado aos promotores, o Ministério Público de SP diz acompanhar possíveis retaliações à transferência dos líderes do PCC.

A Secretaria da Segurança diz que "não há quaisquer elementos concretos", de que a facção criminosa PCC realize atentados contra agentes no estado, "em especial os integrantes das forças de segurança pública, como forma de retaliação a serem praticadas por indivíduos ligados aos presos recém-transferidos".

Salienta que mensagens enviadas por redes sociais "não indicam ações criminosas".

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