SP terá botão de pânico por meio de aplicativo para mulheres em perigo

Iniciativa, chamada de SOS Mulher, é voltada para pessoas com medidas protetivas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

​O governo de São Paulo lançou nesta sexta-feira (22) um aplicativo para que pessoas com medidas protetivas —em sua maioria, mulheres— em situação de perigo possam acionar a polícia apertando um botão.

O SOS Mulher, gratuito, poderá ser instalado a partir do dia 1º de abril em aparelhos com os sistemas iOS e Android. A estimativa é que 70 mil pessoas, inclusive homens e crianças, sejam beneficiadas no estado com o serviço.

A ideia é reduzir o tempo de deslocamento da viatura policial até a vítima, que não precisará mais ligar para o 190 da Polícia Militar, que recebe em torno de 80 mil chamadas por dia, e esperar a sua solicitação ser encaminhada do call center para os batalhões. 

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) durante lançamento do aplicativo SOS Mulher
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) durante lançamento do aplicativo SOS Mulher - Julia Zaremba/Folhapress

Agora, é só pressionar o botão do aplicativo por cinco segundos que o pedido de socorro chegará direto para o despachante de viaturas policiais, que encontrará a equipe mais próxima da vítima, a até 4 km de distância, por meio de geolocalização, e a encaminhará para a ocorrência. 

O governo, contudo, ainda não tem uma estimativa de qual será a redução no tempo de atendimento. O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Marcelo Vieira Salles, afirmou apenas que “com certeza [o tempo] será menor”, durante coletiva realizada no início da tarde.

Afirmou também que policiais passaram por um treinamento durante o Carnaval para se familiarizar com a nova tecnologia, já adotada em estados como Paraná e Espírito Santo. 

Por ora, a ferramenta só atenderá pessoas com medidas protetivas concedidas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Mas o governo não descarta expandir para vítimas de agressão no geral. 

Para se cadastrar, devem informar dados pessoais, que serão checadas pelo Judiciário. A ferramenta só será liberada para uso depois do aval do TJ. 

O governo recomenda que, logo no início, seja feito um teste pelo usuário para checar se a medida protetiva consta na base de dados do Judiciário. 

Durante o lançamento do aplicativo, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a falar que, até o fim do mês, dez DDMs (Delegacias de Defesa da Mulher) funcionarão 24h no estado. As próximas começarão a operar em Santos, no litoral paulista, e no Tatuapé, na zona leste da capital. 

Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, quatro começaram a operar no esquema. Ficam em Vila Clementino, Santo Amaro, Itaquera e São Mateus. Até o fim da gestão, espera que 40 DDMs operem 24h.

Questionado sobre a Casa da Mulher Brasileira de São Paulo, centro de atendimento a mulheres vítimas de violência cuja abertura se arrasta há anos, Doria afirmou que a previsão é de que comece a funcionar em julho. No Brasil, outros seis estados contam com a Casa.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.