Tatuador acusado de abuso sexual é preso na região metropolitana de BH

Foragido desde a última sexta (29), ele estava escondido em Lagoa Santa e foi localizado após uma denúncia anônima

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São Paulo

O tatuador Leandro Caldeira Alves Pereira, 44, foi preso neste domingo (31) em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O homem estava foragido desde a sexta (29), quando a Polícia Civil de Minas solicitou sua prisão preventiva. Ele é suspeito de ter abusado sexualmente de clientes do estúdio em que trabalhava na capital mineira.

 De acordo com informações da Polícia Civil, o tatuador estava escondido na casa de amigos e foi localizado pela polícia após uma denúncia anônima.

Leandro Caldeira Alves Pereira, 45, suspeito de ter abusado de clientes, fazendo tatuagem
Leandro Caldeira Alves Pereira, 45, suspeito de ter abusado de clientes - Reprodução

O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Belo Horizonte, onde pelo menos 15 mulheres já formalizaram a denúncia.

Ele é acusado de violação sexual mediante fraude, quando o agressor engana a vítima para cometer o abuso. A pena é de 2 a 6 anos de reclusão. 

Uma publicação em uma rede social da professora e ativista mineira Duda Salabert serviu de combustível para que as denúncias viessem à tona. Ela sugeriu que as seguidoras dessem prioridade a tatuadoras mulheres, afirmando que é um mercado machista, e perguntou se haviam sofrido assédio em estúdios.

Em menos de um dia, recebeu mais de 50 relatos contra Leandro, segundo ela, alguns de meninas menores de idade (denúncias envolvendo outros homens também foram recebidas).

Uma das vítimas afirmou que o tatuador derrubou tinta em seus seios e usou o “acidente” como pretexto para tocá-la. Outra, que ele tocou em sua genitália. O tatuador às vezes colocava a cliente em posições desnecessárias para facilitar o abuso, sob a justificativa de que facilitaria a realização do desenho. A polícia afirmou que os relatos das mulheres foram todos semelhantes. 

A partir disso, Salabert criou um grupo de WhatsApp com as vítimas e perguntou se gostariam de entrar com uma ação coletiva contra o tatuador. 15 delas aceitaram, conta. Foram até a Polícia Civil e o Ministério Público. 

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