Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Animal confundido com jacaré na favela do Rola durante enchente no Rio na verdade era lagarto

Postagens diziam que jacarés estavam à solta na comunidade em Santa Cruz, mas animal resgatado lá era lagarto Teiú

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Rio de Janeiro

Não era um jacaré, e sim um lagartão, o animal que escapou na segunda (8) de um sítio na favela do Rola, na zona oeste do Rio, após um muro desabar por causa do dilúvio que caiu sobre a cidade.

​Segundo a Patrulha Ambiental, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, houve uma investigação "sobre o caso dos 'jacarés'" e chegou-se à seguinte conclusão:  

"Na realidade, trata-se de um lagarto, e não de um jacaré, cujo tamanho aproximado é de um metro, contando com o tamanho de sua cauda. Quanto à quantidade existente, não foi mencionado por nenhum dos moradores se havia mais de um lagarto no local. A Patrulha obteve a informação de que o referido animal (lagarto Teiú), fora capturado por um dos moradores, ainda não identificado, e sabe-se apenas que o animal é de cor negra e de porte físico magro."

De acordo com nota da secretaria, um rapaz, "na tentativa de proteger seus vizinhos e amigos", postou numa rede social que havia jacarés à solta. "Por não ter o mínimo conhecimento da espécie capturada em mãos, confundiu o lagarto com um jacaré." 

Acabou "incitando o medo", em vez de proteger os vizinhos, diz a pasta. 

"A Patrulha Ambiental pede que os moradores solicitem o resgate ou denunciem a posse ilegal de animal silvestre sem a devida licença do órgão ambiental competente via 1746, canal oficial da Prefeitura do Rio junto à população."

Relatos de jacarés passeando pela zona oeste carioca, no entanto, se repetiram nas redes sociais —o que não é incomum, já que os bairros são envoltos por um complexo lagunar com milhares de animais da espécie. Uma foto mostrava um deles atravessando uma rua no Recreio.

De outra comunidade, a Cidade de Deus, vieram outras reclamações do tipo: a chuva trouxe "cobras e pequenos jacarés" para ruas e casas. 

CHUVA NO RIO

Nesta quarta (10), o Rio amanheceu recuperando-se dos efeitos do temporal que deixou dez mortos desde segunda (8). No momento, chove pouco na cidade e as escolas públicas já retomaram as aulas. Ainda assim, o município segue em estágio de crise, com vias interditadas e aviso de ressaca.

Segundo o COR (Centro de Operações Rio), o dia terá céu nublado, com chuva moderada a forte a qualquer momento, além de vento fraco a moderado. O transporte de umidade do oceano para o continente manterá o tempo instável. 

Diversas vias da cidade permanecem interditadas, como a avenida Niemeyer, importante ligação entre as zonas oeste e sul, fechada em ambos os sentidos. Na Ilha do Governador, zona norte, e em Guaratiba e Santa Cruz, na zona oeste, várias ruas apresentam acúmulo de água. 

Desde o início das chuvas, a Defesa Civil acionou 59 sirenes em 36 das 103 comunidades de alto risco de deslizamento. Foram interditados 69 imóveis.

Segundo balanço do governo do Estado, o temporal deixou pelo menos 1.204 desalojados, 220 desabrigados e seis feridos. 

A água encobriu parte de carros, derrubou árvores e paralisou o trânsito. Segundo a prefeitura, em algumas localidades choveu em quatro horas mais do que o esperado para o mês.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), reconheceu nesta terça (9) que sua gestão falhou ao não se antecipar às chuvas para evitar o alagamento nas ruas da cidade, principalmente na zona sul.

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