Edjarde Hipólito, 26, até tentou se envolver com outro interesse além do motocross, sua grande paixão desde os 17 anos, quando começou a competir em circuitos de terra no entorno de Natal (RN), onde vivia com a família.
Chamado para servir no Exército, como soldado do Grupo de Artilharia de Campanha, em Natal, ele vestia orgulhoso a farda verde-oliva, mas as competições nos finais de semana acabaram chamando atenção dos seus superiores.
"Ele chegava cansado no quartel, e o comandante reclamava", diz o pai, Edilson Hipólito, também competidor de motocross.
A casa da família, diz o pai, acomoda cerca de 150 troféus conquistados pela dupla em competições sobre duas rodas.
Juntos, eles cuidavam da Associação de Motociclismo Clube do Cross, que reúne 85 adeptos da modalidade. "Ele era o número 1, o principal piloto da nossa associação", diz o pai, que afirma ser procurado com frequência por pessoas interessadas em fazer doações desde a morte de Edjarde, no último dia 7, durante competição na cidade de São Pedro (63km de Natal).
Ao longo da corrida, Edjarde sofreu uma queda e sua moto caiu sobre seu corpo. "Foi uma fatalidade", diz o pai. "A gente que é piloto, que faz esporte radical, sabe que o perigo é iminente. A moto caiu sobre ele, o que é difícil acontecer", completa.
A pista onde o jovem piloto costumava treinar motocross, em terreno cedido pela Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, deverá ser batizada com seu nome.
Edjarde deixa o pai, a mãe, Gorete, o irmão José Eduardo, 6, com quem "vivia grudado", segundo a família, e amigos.
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