Descrição de chapéu Obituário Gastone Righi Cuoghi (1936 - 2019)

Mortes: Revolucionário, ex-deputado foi dono de emissora e até salvador de baleias

Gastone Righi Cuoghi queria que clube do coração tivesse canal próprio de TV para transmitir jogos

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Santos (SP)

Gastone Righi Cuoghi carregava algumas marcas inconfundíveis. O broche do Santos Futebol Clube na lapela do terno era uma delas. A barba, que fechava grande parte do rosto, outra. A principal era a fama de nunca ter medo de nada.

Nos últimos anos, como membro do Comitê Gestor do time de coração, defendia que era o momento do clube apostar no próprio canal de televisão para transmitir os seus jogos.

“O Gastone era um homem que via o futuro. Há muitos anos, falava que estádios para 100 mil pessoas não funcionariam mais porque o futebol se tornaria em um espetáculo para televisão”, conta Roma Júnior, ex-presidente do clube entre 2015 e 2017.

Gastone Righi Cuoghi morreu aos 83 em 17 de março
Gastone Righi Cuoghi morreu aos 83 em 17 de março - Divulgação/Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC

Era advogado de formação, mas trabalhou como estivador, corretor de imóveis e até em um parque de diversões antes de construir longa carreira política, como presidente do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e deputado federal por quatro mandatos.

Foi, ainda, dono de emissora de televisão, e conseguiu virar até mesmo uma espécie de messias das baleias.

Ele presenciou a caça de uma baleia fêmea por um artilheiro japonês. Foram quase sete horas em alto mar, a bordo de um navio baleeiro, e a cena que jamais saiu de sua cabeça, de uma baleia fêmea agonizando ao lado de seu filhote após ser atingida por um arpão com uma bomba acoplada ao cabo.
“Quem ouve uma baleia chorando nunca mais esquece. Tive pesadelos como isso”, dizia.

A experiência o levou a criação da lei federal 7.643/87, que proíbe a caça a estes animais. O modelo passou a ser copiado em diversos países pelo mundo.

Gastone foi líder da bancada na Câmara dos Deputados por sete anos seguidos e presidente nacional do PTB. Se afastou da política em 1995 por motivos de saúde.

Gastone morreu no último dia 17, aos 83 anos, em decorrência de uma insuficiência cardíaca. Deixou mulher, quatro filhos e netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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