Lutador é preso no Rio suspeito de matar homem e postar foto da vítima

Crime ocorreu em frente a um bar na zona norte do Rio de Janeiro

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Marcela Lemos
Rio de Janeiro | UOL

A Polícia Civil do Rio prendeu nesta quarta-feira (22) um lutador suspeito de ter espancado e matado um homem após um desentendimento entre eles. Segundo as investigações, o agressor tirou uma foto da vítima caída no chão e postou em uma rede social.

O crime ocorreu na madrugada de ontem, em frente a um bar próximo à praça Varnhagen —local movimentado que reúne bares e restaurantes na Tijuca, na zona norte do Rio.

O lutador Igor Uriel Tron Pereira Lomba, 28, postou nas redes sociais uma foto da vítima ensanguentada e com a seguinte legenda: "Tenta aí que o azar é certo .meche [sic] com quem está quieto, crav_maga [sic]. Muita, fé [sic], vai babá [sic] sangue se entrar no meu combo!". Krav Maga é uma forma de defesa pessoal criada em Israel.

O lutador Igor Uriel Tron Pereira Lomba, 28
O lutador Igor Uriel Tron Pereira Lomba, 28 - UOL/Reprodução

A vítima foi identificada como André Luiz França Caldas, 44. Ele foi levado para o hospital Souza Aguiar, no centro, com lesões no abdômen e na cabeça, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo a polícia, as agressões foram motivadas por conta de um xingamento feito por Caldas.

O lutador foi preso na porta da academia onde treinava jiu-jítsu, também no bairro da Tijuca. Ele vai responder por homicídio e tráfico de drogas, já que, segundo a delegada Cristiane de Carvalho, na residência dele foram encontradas plantas de maconha, além de materiais de cultivo, como estufa.

Segundo a polícia, Lomba confessou o crime em depoimento e afirmou ter ingerido bebida alcoólica e que estava arrependido. O UOL não conseguiu contato com a defesa do suspeito.

Uma testemunha relatou em depoimento à polícia que a vítima continuou sendo agredida mesmo após cair no chão. Um morador de rua interveio nas agressões.

Lomba tem quatro anotações criminais, três delas por violência doméstica.

"O autor foi desproporcional nas agressões, tendo inclusive agredido a vítima por golpes em região vital [cabeça] demonstrando assim que era sua intenção produzir a morte da vítima", diz um trecho do documento elaborado pela polícia sobre o caso.

O caso foi registrado na Delegacia da Tijuca mas passará para a Delegacia de Homicídios da capital.

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