A Polícia Civil de São Paulo identificou as duas pessoas suspeitas de terem participado do assassinato de um morador de rua em Santo André, no último dia 11.
Na tarde desta segunda-feira (20), equipes de investigadores realizaram diligências de busca e apreensão em endereços ligados a esses dois suspeitos.
A Justiça de São Paulo também decretou a prisão temporária de ambos. Como nenhum deles foi encontrado em seus endereços, passaram a ser considerados foragidos.
A identidade dos dois ainda não foi revelada, mas o principal suspeito de ter realizado os disparos é um comerciante da região que dias antes discutiu com a vítima, Sebastião Lopes dos Santos, 40.
Policiais ouvidos pela Folha disseram o motivo da discussão teria sido banal.
O outro suspeito é um funcionário desse comerciante, que teria dirigido a Mercedes usada na noite do crime. Os policiais conseguiram identificar o veículo como sendo do modelo GLK 280 e também conseguiram imagens do veículo deixando a casa do comerciante naquela noite.
Ainda de acordo com policiais ouvidos pela Folha, a investigação sobre a Mercedes ajudou na identificação dos suspeitos, assim como informações obtidas no local do crime.
Os policiais disseram também que as buscas feitas nesta segunda-feira possibilitaram que fossem achados mais elementos de prova contra os dois. A arma do crime, porém, ainda não foi localizada.
O governo de São Paulo deve divulgar os detalhes sobre a investigação nesta terça (21).
O assassinato ocorreu rua Visconde de Mauá e foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram um homem de altura mediana, de camiseta e boné, descendo do banco do passageiro de um carro de luxo, caminhando em direção a Sebastião e atirando.
Após ser baleada, a vítima tenta fugir, mas corre poucos metros antes de cair na calçada. O criminoso volta para o carro correndo.
Sebastião chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Outro vídeo das câmeras de segurança mostra que o veículo do suspeito passou pelo local, perto do morador de rua, cerca de dez minutos antes de cometer o crime.
Um morador da região relatou à Folha que vizinhos conheciam Sebastião, que andava pelo bairro e tomava banho no parque próximo, sem nunca ter feito mal a ninguém.
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