Dois homens morreram afogados, no último domingo (14), após tentarem fazer uma selfie —autorretrato— na cachoeira do Farofa, na cidade de Santana do Riacho (a 123 km de Belo Horizonte). O local fica na região da Serra do Cipó.
Segundo depoimentos de testemunhas ao Corpo de Bombeiros, um dos homens tentava tirar uma foto dos dois quando escorregou nas pedras e caiu em uma parte profunda da cachoeira. O outro pulou para ajudá-lo, mas acabou se afogando também.
Os corpos foram encontrados na segunda-feira (15). Os dois foram identificados como Ismael Elias Maia, 26, e Victor Kennedy Almeida Afonso Pena, 27.
Só em 2019, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais atendeu 440 casos de afogamentos em cachoeiras, lagos e rios, até o mês de junho. Em 2018, foram registrados mais de 900 casos. A maioria das vítimas com idades entre 20 e 40 anos.
Segundo a corporação, é importante observar a presença de bombeiros militares ou salva-vidas na região e, em caso de cachoeiras, estar atento ao desnível entre uma pedra e outra.
Um estudo recente mostra que as selfies matam cinco vezes mais que ataques de tubarões no mundo. Entre 2011 e 2017, pelo menos 259 pessoas morreram na tentativa de fotos arriscadas.
A Índia, com seus 800 milhões de celulares, detém o recorde mundial de morte por selfies neste período, com 159 mortos. É seguida por Rússia, Estados Unidos e Paquistão. As cifras mostram a paixão nacional pelas selfies coletivas e da juventude da população.
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