Sachiko Koshikoku fez parte da segunda geração de artistas plásticos de ascendência japonesa radicados no Brasil.
Nascida na província de Fukui, no Japão, mudou-se para São Paulo na década de 60 e se aproximou do Grupo Seibi, que reuniu artistas orientais como Tomoo Handa (1906-1996), Hajime Higaki (1908-1998) e Takahashi (1908-1977).
Dedicou a vida à pintura abstrata. Participou da 9ª Bienal de São Paulo (1967) e do 1° Panorama da Arte Atual Brasileira no MAM (1969), entre outros eventos. Há pinturas suas expostas em instituições como o Masp (Museu de Arte de São Paulo) e o MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo).
Era vista como uma mulher determinada, independente e discreta. Não costumava falar sobre a vida no Japão e tinha pouco contato com os familiares de lá. Gostava de viver o presente e de estar com os amigos. Uma de suas grandes companheiras foi a artista plástica Tomie Ohtake (1913-2015).
Tinha hábito de fazer comida japonesa (costumava levar uma amostra das receitas para os encontros com colegas) e de pintar quadros durante a madrugada. Sonhava em fazer uma nova exposição com suas obras —uma das mais recentes foi em 2015, na Galeria Deco, em São Paulo, para celebrar os seus 50 anos no Brasil.
Sachiko morreu na última sexta (26), aos 82 anos, em decorrência de um câncer.
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