Polícia prende 4º suspeito de integrar quadrilha que roubou ouro de Cumbica

Bando roubou 719 quilos de metal precioso sem disparar um único tiro

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São Paulo

A Polícia Civil de São Paulo prendeu neste sábado (3) mais um suspeito de envolvimento no roubo de 718,9 quilos de ouro no terminal de cargas do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.

A prisão foi feita por agentes da 5ª Delegacia Patrimônio (Investigações sobre Roubo a Banco). A polícia não confirmou a identidade nem qual a participação do suspeito preso no crime.

Na quinta-feira (1º), agentes do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) encontraram peças de uma ambulância que teria sido usada pela quadrilha. O veículo foi achado em um matagal na zona rural de Ferraz de Vasconcelos, município da Grande São Paulo próximo a Guarulhos.

O roubo aconteceu no último dia 25 de julho. O bando se disfarçou de policiais federais e usou duas viaturas clonadas. Nenhum tiro foi disparado durante a ação, que durou cerca de dois minutos e meio. 

Parte da carga pertence à mineradora Kinross Paracatu e era transportada pela empresa Brinks. 

A polícia já havia prendido outras três pessoas suspeitas de participação do crime

Um deles é o aeroviário Peterson Patrício, 33, preso na noite do último sábado (27). Ele é funcionário do terminal de cargas do aeroporto e alegou, horas depois do crime, ter sido obrigado pelos criminosos a ajudar no roubo após ser mantido refém, junto da família desde o dia anterior.

Nas imagens registradas no momento do roubo, captadas pelo sistema de segurança do aeroporto, Patrício é o primeiro a aparecer descendo de uma caminhonete clonada da Polícia Federal.

É ele também quem indica aos outros integrantes da quadrilha o local exato onde estavam os malotes de ouro —cujo valor supera R$ 120 milhões— e chega a carregar com as mãos peças que estavam soltas em um contêiner.

Ele mora na travessa Nem Ouro Nem Prata, no Jardim da Conquista, zona leste da capital —onde teria funcionado um dos cativeiros.

O outro suspeito preso, Peterson Brasil, também é funcionário do aeroporto. A Justiça determinou a prisão dele no começo da noite deste domingo (28). O suspeito já estava detido no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

Célio Dias, o terceiro suspeito preso, é arrendatário de um terreno na zona leste da capital. Os policiais acreditam que ele ajudou o grupo ao fornecer o local como o segundo ponto de transbordo para o crime, na avenida São Miguel, atrás de um forró.

Foi ali no terreno que o bando abandonou as caminhonetes, branca e prata —que não têm registro de roubo—, e seguiram para um destino ignorado.

Antes disso, a quadrilha já havia deixado os carros clonados da Polícia Federal em um terreno na região do Jardim Pantanal.

Dias foi preso em flagrante porque a polícia encontrou com ele um carregador de fuzil, com munições .556.

Até agora nenhum grama do ouro foi recuperado. Os investigadores estimam que a quadrilha tenha gasto cerca de R$ 1 milhão para levar a cabo o roubo. 

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