Até ficar doente, em dezembro de 2018, a aposentada Diva Alves de Oliveira lia todas as notícias da Folha.
“Era o único jornal de que ela gostava”, conta a sobrinha e afilhada, a comerciante Rosana Imaculada Scapim, 58.
Oliveira entrou na Folha —jornal pelo qual se apaixonou— no início da década de 1980.
O primeiro cargo foi de vendedora de assinaturas, no qual ficou de março a dezembro de 1981. Depois, trabalhou como balconista auxiliar de 1990 até 2001.
A família afirma que ela adorava o trabalho e a família Frias, dona da empresa. “Mesmo depois de deixar o jornal, fazia questão de visitar os colegas e presentear Otavio Frias Filho (1957-2018) com chocolates”, diz a sobrinha.
Sua personalidade marcante e forte contrastava com a doçura de seu coração, onde moravam 25 sobrinhos, uma tartaruga, três papagaios e dois cachorros.
Dedicada, cuidou dos pais e de uma irmã até a morte, mas não deixou de viver bons momentos. “A tia Diva viajou muito para o exterior. Quando voltava, sempre dizia que a comida brasileira era a melhor do mundo”.
Em sua casa, pastel de carne feito no forno e manjar de coco nunca faltavam.
Religiosa, Oliveira era devota de santa Rita de Cássia. “Tive uma desidratação crônica aos dois anos e fui desenganada pelos médicos. Minha tia prometeu que, se eu ficasse curada, acenderia uma vela na igreja para a santa todo dia 22 de maio, em agradecimento”, relata a sobrinha.
Diva Alves de Oliveira morreu dia 30 de agosto, aos 84 anos, de Alzheimer e de complicações de um AVC.
Deixa 25 sobrinhos.
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