Locais da cidade de São Paulo, como o parque Ibirapuera e a avenida Ricardo Jafet, ao longo do riacho do Ipiranga (ambos na zona sul), estão repletos de flores de ipês brancos.
A sensação, pelos comentários que circulam por redes sociais, era de que esse tipo de ipês não aparecia há algum tempo na cidade, mas não é verdade, de acordo com especialistas.
Luci Rossi, pesquisadora do Instituto de Botânica de São Paulo, explica que há 20 anos era raro ver ipês nas ruas da cidade e que, desde então, houve um incentivo para que as pessoas plantassem mais esse tipo de árvore.
“Os ipês não estavam sumidos. As floradas ocorrem em todos os anos, mas de forma tímida. O que aconteceu em 2019 é que o inverno marcado pela secura fez com que os ipês brancos florescessem de forma diferente e mais bonita”, afirma a pesquisadora.
Fonte: Secretaria do Verde e Meio Ambiente de São Paulo
Quem quiser vê-los deve correr, porque as floradas dos ipês são comuns entre agosto e outubro, mas acontecem, no máximo, duas vezes por temporada. Depois, prevalecem nas árvores apenas as folhas.
Cada floração do ipê branco dura, em média, quatro dias —a floração das outras espécies (roxa e amarela) dura de uma semana a dez dias.
Nativos do Brasil, os ipês também podem ser encontrados em outros países da América do Sul, como Peru, Bolívia e Paraguai.
Nas 193 áreas analisadas na cidade de São Paulo, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente tem registros de seis espécies nativas de ipês-amarelos —a mais comum, com 83 registros—, duas de ipês-rosas encontrados em 50 áreas analisadas, uma de ipê-branco, que podem ser vistos em 47 áreas, e os verdes, que apresentam registro em dez áreas.
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