Ministério da Saúde intensifica vacinação contra febre amarela no Sul

Vírus da doença está em circulação nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná

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Fortaleza

O vírus da febre amarela está em circulação nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná e pode causar surtos da doença se a população não estiver vacinada até dezembro.

O alerta, da coordenadora-geral substituta do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, foi feito durante palestra na XXI Jornada Nacional de Imunizações, promovida pela Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações), que ocorre em Fortaleza (CE) até o dia 7 de setembro. 

O risco mobilizou o Ministério e as secretarias de saúde dos três estados a realizarem, desde agosto, uma campanha de intensificação da vacinação. A doença registra maior incidência entre dezembro e maio.

A medida é preventiva e tem o objetivo de imunizar a população entre os nove meses e 60 anos de idade incompletos. Além da busca ativa por não vacinados, o Ministério da Saúde e os estados pretendem fortalecer a vigilância de macacos.

A região Sul tem recomendação para vacinação contra a febre amarela desde 2018.

Em todo o país, a cobertura vacinal contra a doença é de 64%. Apenas os estados de Goiás, Roraima e Distrito Federal alcançaram a meta de vacinar 95% da população. Por enquanto, o Nordeste não tem recomendação para vacina.

O alerta leva em conta a previsão de rotas de dispersão do vírus, ocorrência de casos e a baixa cobertura vacinal nos estados do Sul.

“Existe a circulação do vírus da febre amarela nos corredores ecológicos. Nos três estados há áreas em que a população precisa ser vacinada imediatamente. Em outras, a previsão é que o vírus chegue até dezembro. Se a população não for vacinada rapidamente poderá ocorrer surtos da doença.”

Quem viajar para os locais onde a vacina é recomendada, a orientação é tomar a dose pelo menos dez dias antes do deslocamento.

No Paraná, de 1º de julho de 2018 ao mesmo período deste ano, foram confirmados 17 casos de febre amarela com uma morte.

De 1º de janeiro a 30 de agosto deste ano, duas pessoas morreram em Santa Catarina por conta da doença. Além disso, há o registro de cinco mortes de macacos por febre amarela (um em Garuva, um em Indaial, um no Jaraguá do Sul e dois em Joinville.

A cobertura vacinal em Santa Catarina é de 78% no estado, com 1.508.183 doses aplicadas.

Em 2019, o Rio Grande do Sul não teve nenhum caso confirmado de febre amarela. Foram notificados 21 casos suspeitos, dos quais 20 já foram descartados laboratorialmente e um continua em investigação.

No ano passado, houve a confirmação de três casos em um total de 67 suspeitos que foram investigados. Os confirmados têm histórico de viagem a Minas Gerais.  

A repórter viajou a Fortaleza a convite da Sociedade Brasileira de Imunizações

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