O sonho que muitos estudantes de jornalismo almejam —de entrar para a grande imprensa—, Ana Paula Freire Borges conseguiu alcançar.
Com muito esforço e após formada, atuou em vários veículos de comunicação nos municípios de Bauru (329 km de SP) —cidade onde nasceu— e Ibitinga (347 km de SP).
Atualmente, era produtora da TV TEM de Bauru, afiliada da TV Globo na cidade.
A irmã, a professora Silvana Somensi de Amorim, 46, conta que Borges era apaixonada pela profissão e não se via trabalhando com outra atividade.
Perspicaz na profissão, a ingenuidade comparada a de uma criança contrastava com o que o jornalismo exigia. “Ela acreditava nas pessoas e não via maldade no outro. Minha irmã foi embora cedo porque era especial”, relata Amorim.
Uma história envolvendo o roubo de uma leitoa marcou a sua carreira por, na época, ter viralizado e sido comentada pelo colunista José Simão.
Na ocasião, ficou sensibilizada ao ver a situação da família em questão e liderou uma vaquinha entre os amigos para comprar outra leitoa.
Fora o profissional, ela estava perto de realizar o segundo sonho, de ser mãe.
Atualmente, Borges dividia o seu tempo entre a profissão, a atenção que dispensava à família e aos amigos, além dos preparativos para o nascimento de gêmeos —estava grávida de quatro meses— e da nova casa.
O casamento estava programado para logo após o nascimento dos bebês. “Ela estava na melhor fase da vida”, diz Amorim.
Ana Paula Freire Borges sentiu-se mal e morreu dia 12, aos 34 anos, por complicações da gravidez. Deixa a mãe, o futuro companheiro e três irmãos.
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