Suplicy propõe concurso de obras de arte que abordem violência contra a mulher

Projeto foi apresentado ao prefeito Bruno Covas (PSDB) nesta segunda (9)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O vereador paulistano Eduardo Suplicy (PT) propôs nesta segunda (9) a criação de um concurso público de obras de arte que alertem para a questão da violência contra a mulher. A proposta foi entregue ao prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB). 

Reportagem da Folha mostrou que o Brasil registra um caso de agressão a mulher a cada quatro minutos por um homem. Em 2018, foram registrados mais de 145 mil casos de violência em que vítimas sobreviveram, segundo dados do Ministério da Saúde. 

As obras devem questionar a condição da mulher e a sua vivência na cidade como “um corpo alvo de opressões e violências nas suas mais variadas formas”.

O objetivo, diz o vereador no texto, é “despertar a curiosidade crítica e a conscientização sobre o tema”, importante porque “é pouco abordado e visto com preconceito e/ou culpabilização da vítima, o que acaba por contribuir com a subnotificação dos casos". 

Também pretende promover o trabalho de artistas plásticas. O vereador escreve que o “apagamento de representações femininas em todas as esferas públicas se perpetua como uma forma de violência também”.

A ideia é que a obra vencedora (ou as obras vencedoras) seja colocada em um “ponto estratégico e de grande visibilidade” na capital paulista. Ele sugere que seja um lugar com grandes índices de violência contra a mulher. 

Outra reportagem da Folha mostrou que o Capão Redondo (extremo sul da cidade) lidera o ranking de violência contra a mulher em São Paulo, segundo registros de atendimentos acionados pelo 190.

O vereador sugere que o júri seja composto por pessoas com notório saber técnico e intelectual e que seja feita uma parceria com algum órgão cultural para realizar a iniciativa.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.