Entenda a operação Ouvidos Moucos, que culminou em suicídio de reitor da UFSC

Ação da PF investigava desvios de verba na universidade em Florianópolis; morte completou 2 anos

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Em 2017, uma operação da Polícia Federal que investigava desvios de verba na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), culminou no suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier, que tinha sido afastado da função.

Relatório final da operação, em 2018, indiciou 23 pessoas, entre elas o filho de Cancellier, Mikhail. O suicídio de seu pai completou dois anos nesta quarta-feira (2). 

Entenda abaixo os principais fatos do caso.


Entenda o caso da UFSC

O que é a Ouvidos Moucos
Uma operação da Polícia Federal que investigava desvios de verba nas bolsas de estudo do programa de educação à distância da UFSC, concedidas pela Capes (do governo federal)

14.set.17 Operação prende seis professores e o reitor, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, por supostamente tentar atrapalhar investigação da corregedoria da UFSC (ele não era suspeito de corrupção). Quem pediu as prisões foi a delegada Erika Marena, ex-coordenadora da Lava Jato

15.set.17 Juíza determina a soltura dos acusados, mas mantém decisão que os proibia de frequentar a UFSC


2.out.17Cancellier se joga do 7º andar de um shopping de Florianópolis; “minha morte foi decretada quando fui banido da universidade!!!”, dizia o bilhete encontrado em seu bolso

nov.17 Com a repercussão da morte, é aberta uma investigação interna na PF para apurar a conduta dos policiais no caso, sobretudo a de Erika Marena. A sindicância concluiu que não houve irregularidades

dez.17 Erika Marena é transferida ao comando da Superintendência da PF de Sergipe, mas sua promoção só é efetivada em fev.18, por causa das dúvidas sobre sua conduta na Ouvidos Moucos

25.abr.18 Polícia Federal envia relatório final da operação à Justiça Federal, indiciando 23 pessoas. Entre elas está Mikhail Cancellier, filho do ex-reitor.

21.jun.2019 Procurador André Bertuol, do MPF, denuncia Mikhail Cancellier e outras 12 pessoas ligadas à UFSC, listando supostos crimes como peculato, inserção de dados falsos em sistemas de informações e violação de sigilo funcional.

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