O publicitário Carlos Alberto Edo Palma encontrou a sua felicidade nos ares. Seu primeiro voo foi na década de 1970, quando deixou a Argentina, onde nasceu, para trabalhar em uma empresa no Rio de Janeiro.
De lá, mudou-se para São Paulo, onde abriu uma empresa de publicidade. Um dia, um amigo o convidou para assistir a um show aéreo.
Fascinado pela atividade, iniciou o curso de piloto e, com o tempo, trocou a profissão de publicitário pela de empresário de aviação.
A esposa, a arquiteta e empresária Mônica Camargo de Pinho Edo, 57, conheceu o marido em 1983. Edo, que é paraquedista desde os 16 anos, conta que ele foi aprender o esporte para conquistá-la.
Juntos na vida e na profissão, ambos gerenciavam uma empresa de shows aéreos há 36 anos. “Feliz é aquele que trabalha com o que gosta. O Carlos dizia que nunca precisou trabalhar nem um dia e que a vida deveria ser aproveitada diariamente.”
Amigo de Palma há 39 anos, o pecuarista Laert Gouvêa, 59, lembra-se da convivência. “O Carlos era uma pessoa diferenciada, um fenômeno. Tornou-se um excelente piloto. Pessoalmente, era generoso, justo e honesto. Ele incentivou e ajudou muita gente a entrar na aviação”, afirma.
Reconhecido nacionalmente, Palma foi agraciado com a medalha da OMA (Ordem do Mérito Aeronáutico) e com o título de Fumaça Honorário (reconhecimento dado pela esquadrilha da Fumaça). A Prefeitura de Campinas o homenageou como cidadão campinense.
Carlos Alberto Edo Palma morreu no dia 27 de setembro, aos 71 anos, de câncer no fígado. Deixa esposa, quatro filhos e três netos.
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