Descrição de chapéu Obituário Jurandyr Ferraz de Campos (1936 - 2019)

Mortes: Historiador, incentivou a cultura e o folclore de Mogi das Cruzes

Jurandyr Ferraz de Campos foi fundamental para manter viva a história do município

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Os sete anos de diferença na idade nunca foram empecilho para fortalecer a afinidade com a irmã, a professora, escritora e atriz Amair de Campos Padgurschi, 75. "Conversávamos muito e com frequência. Meu irmão era uma pessoa carismática, gentil, sorridente e de bom humor", diz.

Jurandyr Ferraz de Campos nasceu em Caçapava (Vale do Paraíba), em 1936. Era o 5º de 11 filhos. A família mudou-se para Mogi das Cruzes (Grande SP) 16 anos depois, onde cursou o científico e preparou-se até chegar à faculdade de história na USP.

Jurandyr Ferraz de Campos, historiador que contribuiu para a cultura e o folclore de Mogi das Cruzes (SP)
Jurandyr Ferraz de Campos, historiador que contribuiu para a cultura e o folclore de Mogi das Cruzes (SP) - Diego Padgurschi - 13.mar.19

O trabalho duro, na roça, começou aos 11 anos. "Meu irmão sempre lembrou com orgulho das suas origens. Ele ia para a escola montado num burrinho e levava café com leite numa garrafa fechada com papel embrulho", conta.

Campos tornou-se Membro da Academia Caçapavense de Letras e ajudou a fundar a Academia Mogicruzense de História, Artes e Letras, segundo Padgurschi. É dele também a Sociedade de Paleografia, criada para estudar documentos antigos.

Como historiador, muito contribuiu à cultura e ao folclore de Mogi das Cruzes. Graças a ele, a história da cidade está viva.

Como secretário municipal de Cultura e Meio Ambiente (2001 a 2004), incentivou a elaboração de publicações que reviviam fatos históricos ligados à vida da cidade. "Ele mergulhou na história de Mogi e de suas festas folclóricas, como a do Divino Espírito Santo. E escreveu também a história do município de Caraguatatuba."

"Jurandyr seguiu os passos do avô materno, por quem tinha adoração. Sempre cuidou de todos", afirma Padgurschi.

Morreu no último dia 17, aos 83 anos, de fibrose pulmonar e pneumonia. Deixa esposa, três filhos, dois netos e sete irmãos.
 


coluna.obituario@grupofolha.com.br

 

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.