Descrição de chapéu Obituário José Luiz Kuster Contador (1956 - 2019)

Mortes: Paixão pelo Athletico-PR pautou sua vida no futebol

Além de acompanhar os jogos do Athletico, José Luiz Kuster Contador fundou o River Esporte Clube, onde foi zagueiro por 20 anos

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Gabriela Ingrid
São Paulo

A relação de José Luiz Kuster Contador com o Athletico-PR foi curiosa. Nasceu no aniversário do time e morreu após um infarto no segundo gol que garantiu ao rubronegro a Copa do Brasil deste ano, na noite de 18 de setembro. “Morreu feliz, assistindo ao que mais gostava”, disse Francesco Falvo, o mais novo de seus quatro filhos.

A paixão pelo futebol é de família. Um tio que morava próximo à Arena da Baixada levava com frequência Luiz e os seis irmãos para ver o Furacão. Assim aconteceu na geração seguinte da família. “Desde que eu tinha uns sete anos íamos juntos ao estádio”, diz Giuseppe Falvo, outro filho.

Retrato de José Luiz Kuster Contador
José Luiz Kuster Contador morreu após sofrer um infarto no segundo gol que garantiu ao Athletico-PR a Copa do Brasil deste ano - Arquivo pessoal

Além de acompanhar os jogos do Athletico, fundou um time amador –o River Esporte Clube–, onde foi zagueiro por 20 anos. A referência à equipe argentina aparecia nas “entradas” de Luiz. “Ele jogava como argentino, era cavalo”, conta Giuseppe.

Contador parou de jogar por causa das confusões que arranjava. “Ele falava alto e sempre discutia quando o assunto era futebol”, diz Francesco. A voz alta lhe rendeu apelidos entre os taxistas com quem trabalhava desde 1989: beronha e mosca varejeira. O caçula herdou do pai o tom de voz, a profissão e o apelido: tornou-se o beroinha.

Há dois anos, Luiz decidiu se aposentar e se mudar para Morretes (PR) com a esposa. A distância da Arena nunca foi um problema. 

No aniversário de 60 anos, em 2016, reuniu a família toda –mais de 150 pessoas. “Acho que foi um dos dias mais felizes dele”, diz Giuseppe. 

O apreço de todos tinha um motivo: estava sempre disposto a ajudar. Luiz gostava de estar cercado de vida. “É o que vai ficar para nós: um coração gigante”, diz o filho.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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