Solidariedade é a palavra que define a socialite Maria de Lourdes Fonseca Sigaud. Lalucha, como era conhecida, nasceu em São Paulo em uma família tradicional de classe média.
O Lourdes no nome foi responsável pelo primeiro apelido, Lula. Como a mãe era avessa a apelidos, a avó decidiu que ela seria Lalucha.
Serviu de modelo da estátua “Leitura”, que está no saguão da Biblioteca Municipal de São Paulo. A obra é do escultor Caetano Fracarolli.
Seus pais participaram da revolução de 1932 e fizeram oposição à ditadura de Getúlio Vargas. “Na época, ela era mocinha e ficou amiga da geração mais combativa à ditadura, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, principalmente do ex-governador de São Paulo, Abreu Sodré.
Lalucha participou de todos os comícios democráticos”, conta o cunhado, o ex-ministro da Justiça (no governo Fernando Henrique) e atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da USP, José Gregori.
Lalucha integrou muitos comitês assistenciais e beneficentes, além da comissão que organizou a recepção dos pracinhas brasileiros que foram à 2ª Guerra Mundial na Itália.
Ajudar o próximo sempre esteve em seu coração. Nos últimos tempos, dedicou-se a atividades assistenciais, ao lar e aos momentos de lazer ao lado das amigas.
Maria de Lourdes Fonseca Sigaud morreu em 30 de setembro, aos 92 anos, de complicações pulmonares. A missa de um mês será nesta quarta-feira (30), às 17h, na Igreja São José (rua Dinamarca, 32, Jardim Europa). Viúva, deixa dois filhos, sete netos e uma bisneta, neta de Maria Stella Gregori, sua afilhada. A relação das duas era como a de mãe e filha.
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