Apesar de pertencer a seu pai o primeiro cinema de São Bernardo do Campo (no ABC paulista) —Cine Anchieta, fundado em 1961— e de ter sido um admirador do teatro, foi o esporte que atraiu a atenção de Felipe Cheidde.
Jogador de futebol, ele passou por times como Juventus, Fluminense e ECSB (Esporte Clube São Bernardo), onde também exerceu os cargos de técnico e presidente. Até hoje seu nome é considerado o mais importante da história do ECSB.
Segundo o sobrinho, o advogado Calixto Antonio Júnior, 61, mesmo afastado da presidência ele ainda participava ativamente das atividades do clube. Atualmente, o ECSB é presidido pelo filho dele, Felipe Cheidde Júnior.
Bom de bola também fora dos campos de futebol, Cheidde investiu no basquete: criou o time do ECSB e escola para aprimoramento do esporte.
Em Fernão (a 384 km de SP), onde ele nasceu, acostumou-se com a simplicidade. Sua família se mudou para São Bernardo do Campo na década de 1940.
Amigos e familiares afirmam que sua marca registrada sempre foi a amizade. “Ele era popular, conhecia e ajudava todo mundo, e gostava de cuidar das pessoas”, conta Júnior.
As batalhas nos campos de futebol migraram para a Câmara quando alçou voos na política. Cheidde foi eleito duas vezes deputado federal.
Enquanto parlamentar, votou favoravelmente à manutenção do presidencialismo, mas, por discordância, não assinou a Constituição de 1988.
Felipe Cheidde morreu em 23 de setembro, seis dias antes de completar 83 anos, de insuficiência cardíaca. Deixa esposa, três filhos e três netos.
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