Se tivesse tido uma chance de recomeçar a vida profissional, o advogado Eider Furtado de Mendonça e Menezes não teria titubeado na escolha entre o direito e o jornalismo.
Antes de abraçar a advocacia, trabalhou em rádios e jornais em Natal (RN). “Meu pai cobriu a 2ª Guerra Mundial para os veículos do estado e chegou a ser presidente da Associação Norte-Riograndense de Imprensa. Ele adorava jornalismo”, afirma o filho, o advogado Eider Furtado de Mendonça e Menezes Filho, 58.
Nascido em Natal, Menezes formou-se na primeira turma de Direito (1959) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Apostou no ramo empresarial, onde é referência. Presidiu a OAB-RN entre 1969 e 1977.
Conhecido pelo caráter e pela humildade, considerava os clientes como amigos. “Ele viveu para servir o próximo e fazer o bem”, diz o filho. Bom conselheiro, tinha um dom aflorado para ensinar. Ministrou aulas de direito na Universidade Federal do Rio Grande do Norte por 38 anos, além de na Universidade
Potiguar, no mesmo estado.
“Meu pai foi o nosso professor, mestre e um doutor da vida. Retidão, honestidade, caráter e educação são palavras que o resumem. Era gentil até quando precisava discordar”, diz o filho.
Memorialista (como se intitulava), eternizou as histórias de sua vida em cinco livros, lançados entre os anos de 2004 e 2019. De costumes simples, só costumava sair de casa para ir ao trabalho e à missa.
Eider Furtado de Mendonça e Menezes morreu dia 6 de novembro, aos 95 anos, de paralisia nos órgãos. Deixa a esposa –com quem faria 72 anos de casado–, 6 filhos, 12 netos e 6 bisnetos.
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