Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Em 24 horas, RJ tem cinco mortos em chacina e quatro em operação policial

A polícia abriu inquérito para investigar os casos

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Rio de Janeiro

Em menos de 24 horas, o estado do Rio de Janeiro registrou ao menos duas ocorrências com vários mortos. Uma delas foi uma chacina no município de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.

A outra foi uma operação da Polícia Militar no Morro do Urubu, em Pilares, na zona norte da capital fluminense.

A primeira aconteceu na madrugada de sábado (21), quando, segundo a PM, agentes foram chamados numa travessa do bairro Rua de Fogo e encontraram cinco homens mortos e um ferido, todos com marcas de perfuração de arma de fogo.

Polícia apreende armas em operação no Morro do Uurubu, em Pilares, zona norte do Rio de Janeiro
Polícia apreende armas em operação no Morro do Uurubu, em Pilares, zona norte do Rio de Janeiro - Reprodução/Twitter/PMERJ

A Polícia Civil identificou as vítimas fatais como Marco Aurélio da Conceição, 18, Wemerson dos Santos Chaves, 21, Adriano Bayer Trindade Coelho, 19, Caio Márcio dos Santos, 20, e Fabrício Martins, sem a idade divulgada. 

O sexto homem foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros ao Pronto-Socorro Municipal, mas não há informações sobre seu nome nem estado de saúde. 

A polícia diz que instaurou um inquérito, que está fazendo diligências e que aguarda o laudo de uma perícia realizada no local. Também pede que população colabore anonimamente com informações.

Já o segundo caso ocorreu durante o dia de sábado. A Polícia Militar afirma que realizou uma operação no Morro do Urubu (zona norte carioca) e que equipes foram atacadas quando patrulhavam a região de mata da comunidade, o que causou um confronto.

De acordo com a versão da PM, os agentes localizaram quatro suspeitos feridos e os socorreram ao Hospital Municipal Salgado Filho, mas eles morreram. Teriam sido apreendidos com o grupo um fuzil, três pistolas e dois rádios comunicadores.

Um policial militar também ficou ferido por estilhaços de granada e, após ser atendido no hospital, foi liberado.

A Polícia Civil abriu um inquérito e, um dia após o caso, informou que os quatro homens mortos ainda não haviam sido identificados.

A princípio, o caso foi registrado como "morte por intervenção de agente do Estado" e "tentativa de homicídio em face de agente de segurança publica".

O governador Wilson Witzel (PSC) novamente elogiou uma operação policial que terminou em mortes mesmo antes do término das investigações. "Mais uma ação bem-sucedida da Polícia Militar", escreveu neste domingo (22) em seu Twitter.

Na última semana, o Datafolha mostrou que a aprovação da política de segurança estadual aumentou sob a sua gestão entre os cariocas.

O percentual de moradores da cidade que a consideram ótima ou boa saltou de 3% para 15%, e os que a acham ruim ou péssima caíram de 85% para 55%, de março de 2018 para dezembro deste ano.

Witzel, que é ex-juiz federal, assumiu o estado em janeiro com um discurso de endurecimento, usando frequentemente expressões como “abate de criminosos” e “atirar na cabecinha”. Sua política tem sido marcada pelo aumento de operações em comunidades.

O estado do Rio de Janeiro tem vivido uma redução dos homicídios dolosos, seguindo uma tendência vista desde o ano passado em todo o país.

Foram 3.669 pessoas assassinadas de janeiro a novembro, ante 4.604 no mesmo período do ano passado —uma baixa de 20% e o menor patamar dos últimos 28 anos.

Por outro lado, as mortes por policiais vêm batendo recordes a cada mês. Foram 1.686 neste ano e 1.446 no ano passado, também de janeiro a novembro, representando uma alta de 17%. É o maior número desde o início da série histórica, em 1998.

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