Médicos dizem que estado de Bruno Covas é bom, mas cancelam suas reuniões na UTI

Prefeito teve sangramento no interior do fígado na tarde desta quarta-feira (11)

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São Paulo

Internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Sírio-Líbanês desde a tarde desta quarta-feira (11) para tratar de um sangramento no fígado, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), teve parte de sua agenda do dia cancelada pelos médicos responsáveis pelo seu tratamento de um câncer na região do estômago.

Segundo a Folha apurou, os médicos recomendaram que ele cancele também suas reuniões desta sexta-feira (13). 

Os médicos autorizaram Covas a fazer duas reuniões, mas cancelaram outras duas que estavam previstas. O prefeito despachou com Marcus Vinicius Sinval, secretário de Comunicação, e Gustavo Pires, secretário executivo. Seus encontros com o secretário Mauro Ricardo, de Governo, e Vitor Sampaio, chefe de gabinete, foram adiados.

Boletim do Hospital Sírio-Libanês afirma que o prefeito encontra-se em excelente estado clínico e que não apresenta mais sinais de sangramento. Ele permanece internado para ter seu estado de saúde monitorado.

"Devido ao que aconteceu, o prefeito está com o fígado inflamado, algo que precisa ser acompanhado. Ele está muito bem, está comendo, mas é bom que fique em repouso. Além disso, ele precisa voltar a tomar anticoagulantes, e os hematologistas estão monitorando na UTI o melhor momento para fazer isso", afirma David Uip, médico infectologista que faz parte da equipe que trata do prefeito.

Covas está internado no hospital desde domingo (8) para passar por exames e também pela quarta sessão de quimioterapia de seu tratamento contra um câncer na região do estômago.

Na tarde de segunda-feira (9), foram instalados clipes no fígado de Covas para o acompanhamento da evolução da metástase que atinge o órgão. Na tarde desta quarta, o prefeito se queixou de dores fortes na região, e uma tomografia constatou o sangramento.

Covas, então, foi submetido a uma intervenção de duas horas, descrita pela equipe médica como minimamente invasiva, para estancar o sangramento e levado à UTI para observação.

Segundo boletim do hospital, Covas apresentou sangramento intra-hepático (no interior do fígado) durante procedimento para demarcação da lesão tumoral, que foi controlado por arteriografia (exame para visualizar as paredes das artérias) e embolização (injeção de substâncias para tentar diminuir ou bloquear o fluxo de sangue). 

David Uip disse que foi uma situação extremamente preocupante, que exigiu ação rápida e mobilização de muitos profissionais, mas que agora parece estar controlada.

Ele também ressaltou que o sangramento foi um problema completamente mecânico, não relacionado a efeitos da quimioterapia, que, portanto, terá sua programação mantida —serão oito sessões até fevereiro.

O prefeito, que tem 39 anos, foi internado no dia 23 de outubro, quando tratava de uma infecção de pele. No dia 28, ele recebeu diagnóstico de câncer localizado entre o estômago e o esôfago, com metástase no fígado e linfonodos comprometidos.

Covas já passou por quatro sessões de quimioterapia, a última delas entre terça (10) e quarta-feira (11). Elas têm duração aproximada de 30 horas.

Desde que iniciou a quimioterapia, em outubro, Covas disse não ter sofrido com efeitos adversos como enjoo ou fraqueza. Na segunda-feira (9), os médicos deram entrevista coletiva em que descreveram a reação do prefeito ao tratamento desde o final de outubro como maravilhosa e auspiciosa.

Mantida a programação, em fevereiro, com o fim do ciclo quimioterápico, os médicos avaliarão se novos procedimentos serão necessários, como mais sessões de quimioterapia ou uma cirurgia.

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