Marcelo Laffitte foi a engrenagem de grandes histórias. Uma parada cardíaca interrompeu a sua trajetória como diretor e produtor cinematográfico. Ele tinha 56 anos.
A morte precoce deu fim à empolgação e ao talento que Marcelo depositou em dois novos projetos, ainda no início.
O ex-sogro, o diretor de cinema Octávio Bezerra, 73, era parceiro nos trabalhos. “Um dos projetos que vínhamos realizando é o documentário ‘Antes que Acabe' e o outro sobre um restaurante famoso no Rio de Janeiro que serviu de ponto de encontro de sambistas famosos, o ZiCartola [fechado em meados de 1965], do compositor e sambista Cartola. Ainda estávamos na fase das entrevistas”, conta Octávio.
Sociável, dinâmico e criativo, Marcelo sempre buscava novos elementos para levar ao cinema, destacando os dramas do povo brasileiro.
“Marcelo foi uma luz que passou pelo cinema brasileiro. Talentoso, tinha muito o que fazer pelo cinema nacional. Todas as pessoas que trabalham com cultura no país deixam um pouco da sua história. Assim foi com ele”, diz Bezerra.
Nascido no Rio de Janeiro, Marcelo gostava de sair com o filho e de se encontrar com amigos. Se engajou na campanha pela soltura do ex-presidente Lula (Lula Livre).
Fundador e ex-presidente da Associação Brasileira de Documentaristas, Marcelo ingressou no cinema como assistente de produção em "Bete Balanço" (1984).
Em sua trajetória estão o longa de ficção "Elvis & Madona" (2010), o documentário "Um Dia, um Circo" (2006) e curtas como o premiado "Vox Populi" (1998).
Marcelo Lattiffe morreu no dia 19 de dezembro, aos 56 anos, de parada cardíaca. Separado, deixa um filho.
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