Não era difícil se contagiar pelo amor que o antropólogo, sociólogo, historiador e professor Renato Brolezzi nutria pela arte.
"Ele cativava as pessoas e despertava nelas a paixão pela arte", diz o professor de sociologia e filosofia Edmar Yuta, 53, amigo dele há 15 anos.
Renato nasceu em Campinas (93 km de SP). Formado pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), era crítico de arte e pesquisador de história da arte e da cultura.
Foi professor de história da arte da Facamp (Faculdades de Campinas) e integrou a equipe do serviço educativo do Masp (Museu de Arte de São Paulo) de 1997 a 2014. Também ministrou aulas de arte no Museu de Arte Sacra, na Casa do Saber e no Club Athletico Paulistano.
Erudito, tinha amor pelo saber e valorizava o conhecimento humano e social. Com sua simplicidade e humildade, abriu caminho para que pessoas de todas as classes sociais tivessem acesso à arte.
Um bom exemplo foi o trabalho desenvolvido no Coletivo Cidade em Memória —um grupo que organiza passeios culturais por locais historicamente importantes em Campinas, com o objetivo de promover momentos de encontro no espaço público através da história da arte.
Amigos e alunos o descrevem como gentil, generoso e dono de humor refinado e inteligente. Sua maior alegria era ensinar arte.
Para Emerson Tin, 44, professor de Língua Portuguesa e Literatura da Facamp e amigo de Renato há dez anos, além do grande legado que deixou para a arte e cultura ficam a humildade e o sorriso fácil.
Renato Brolezzi morreu dia 17 de novembro, aos 51 anos, de parada cardíaca. Solteiro, não tinha parentes próximos.
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