Uma história de amor perfeita precisa de três elementos: algum lugar na Itália, um filme e o casal que se apaixona à primeira vista.
A vida da dinamarquesa radicada no Brasil e ex-miss Dinamarca Linda Conde pareceu um conto de fadas. Aos 28 anos, conheceu o marido Armando Conde enquanto rodava um filme em Roma. Bastou uma troca de olhares para se apaixonarem perdidamente.
Iniciaram a vida a dois uma semana após se conhecerem. O casamento ocorreu no Brasil assim que terminaram as filmagens, segundo conta o filho, o corretor de imóveis Christian Conde, 51.
Com a nova vida, a tela do cinema se apagou e a participação de Linda na sétima arte virou um capítulo da sua história, com destaque para a atuação no filme francês "Mon Oncle" (Meu Tio), de Jacques Tati.
Linda abandonou a carreira de atriz e tornou-se fotógrafa. Em sua trajetória também constam três livros publicados.
Frequentou a alta sociedade paulistana nos anos 1980. Durante 35 anos, até 2018, foi destaque no carnaval do Rio, na Beija-Flor de Nilópolis.
Elegante, era apaixonada por sapatos, festas e pela noite. Alegre e divertida, adorava sair, dançar, viajar, encontrar amigos e jogar cartas. "Meus pais foram as duas pessoas que mais viveram a vida", diz Christian.
Linda Conde morreu poucos meses após o companheiro de toda a vida, no dia 20 de dezembro, aos 85 anos, de insuficiência cardíaca.
Deixa três filhos e sete netos. Cremada, Linda terá suas cinzas depositadas em Monte Verde (MG), pedido que deixou por escrito à família. Era um dos locais que mais gostava de frequentar.
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