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Obras em estradas de SP enforcam trânsito para o feriado; veja horários para viajar

Governo espera que circulação de turistas seja a mais alta dos últimos anos

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Vista de obras na rodovia Rio-Santos, na altura do quilômetro 116, em São Sebastião (SP)

Vista de obras na rodovia Rio-Santos, na altura do quilômetro 116, em São Sebastião (SP) Eduardo Anizelli/Folhapress

São Paulo

No verão com expectativa mais alta de circulação de turistas dos últimos anos, obras em estradas de São Paulo devem enforcar o trânsito de veículos que vão em direção ao litoral e ao interior paulista.

A Folha percorreu mais de 500 quilômetros das principais rodovias que ligam a capital paulista ao interior e litoral e viu desde obras a ponte interditada e estátua do Ayrton Senna.

A Artesp (Agência de Transporte de SP) estima que mais de 2,5 milhões de veículos deixem a Grande São Paulo a partir desta sexta-feira (20) em direção ao litoral e ao interior do estado só nas rodovias sob concessão. Número parecido também deve circular nas estradas administradas pelo estado.

O governo estima que a Baixada Santista deve receber 1 milhão de turistas até o fim de fevereiro. Outros 300 mil vão para o litoral norte (Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba) e 100 mil para o litoral sul (Ilha Comprida, Itanhaém, Mongaguá etc.). 

Nas palavras do governador João Doria, “será o maior volume de turistas nesse período de verão da história recente”. 

Ele credita isso a dois fatores. O primeiro é o começo da recuperação econômica do país, que aquece o turismo. O segundo é a presença de óleo nas praias do Nordeste. “Dadas as circunstâncias, que serão superadas, hoje várias praias não oferecem condições adequadas para o uso por turistas”, disse o governador na última semana.

As obras que bloqueiam rodovias devem ser paralisadas durante o verão, mas, mesmo assim, motoristas devem reduzir a velocidade quando passam pelos canteiros e maquinário.

É o caso da duplicação do trecho de serra da Tamoios, que liga São José dos Campos a Caraguatatuba e é uma das principais rotas para quem sai da capital ao litoral norte.

A reportagem da Folha passou por lá na última terça (17). Próximo ao quilômetro 53, na chegada ao trecho de serra, já começavam os afunilamentos da pista. Próximo ao quilômetro 65, há dois grandes canteiros de obras.

De acordo com a Concessionária Tamoios, que administra a rodovia, as construções foram interrompidas nesta sexta (20) e serão retomadas em 6 de janeiro. No entanto, “obras cotidianas poderão acontecer, condicionadas ao fluxo de veículos”, diz a empresa.

Outro trecho que deve dar trabalho aos motoristas que circulam pelo litoral é o que fica entre os quilômetros 116 e 118 da rodovia Rio-Santos, em São Sebastião, que tem canteiros de obras de contenção dos taludes, paredões que impedem deslizamentos.

Em operação Pare e Siga, a movimentação de maquinário gerava trânsito intenso no meio da tarde de terça-feira.

No caso do km 118, o paredão tem 30 metros de altura e 120 metros de largura, e cedeu devido a chuva. O serviços começaram em julho e devem seguir até abril do ano que vem. No km 116, o talude trincou em agosto. As duas intervenções custarão mais de R$ 21 milhões.

De acordo com o DER, que administra a rodovia, não haverá operação Pare e Siga na saída para o feriadão.

Já para quem vai à Baixada Santista, encontrará obras logo na entrada da cidade de Santos, na rodovia Anchieta. A Ecovias, concessionária que administra a estrada, está construindo dois viadutos e faz a drenagem de um córrego no local, para evitar alagamentos.

Também na Baixada, em São Vicente é a falta de uma obra que deve enforcar o trânsito. A Justiça mandou interditar a Ponte dos Barreiros, que liga o centro da cidade à parte continental do município.

Segundo a decisão, há risco de colapso da ponte por conta da deterioração avançada dos pilares da estrutura. Os veículos que circulavam por ali agora precisam dar a volta e pegar duas movimentadas vias que levam ao litoral sul do estado, a BR-101 e o começo da Imigrantes.

Há um jogo de empurra-empurra sobre de quem é a responsabilidade por restaurar a ponte, se da prefeitura da cidade litorânea ou do governo João Doria —na última sexta, as duas instâncias assinaram convênio de R$ 4 milhões para obras emergenciais. O Ministério Público quer que essas obras sejam feitas em até 20 dias.

Já em direção ao interior, um engarrafamento inusitado deve acontecer próximo ao Parque Ecológico do Tietê, na rodovia Ayrton Senna, por conta de uma estátua inaugurada nesta semana que homenageia o piloto de Fórmula 1.

“A curiosidade dos usuários em relação ao fato corrobora para intensificar o trânsito na passagem pelo local. A Ecopistas monitora com atenção o trecho para verificar o seu impacto no tráfego e também orienta que os motoristas mantenham o foco na rodovia afim de evitar acidentes como colisões traseiras e lentidão no fluxo de veículos”, disse a concessionária que administra a rodovia Ayrton Senna, em comunicado.

Estátua de Ayrton Senna inaugurada no Parque Ecológico do Tietê, com a presença da irmã do piloto, Viviane Senna, e do governador de São Paulo, João Dória - Danilo Verpa/Folhapress

Na Régis Bittencourt, que liga a capital a Curitiba, há interdição de uma faixa na altura da Serra do Cafezal, entre Juquitiba e Miracatu, próximo ao Vale do Ribeira.

A Dutra, por sua vez, tem obra na altura do km 127, no sentido Rio de Janeiro, próxima a Caçapava. Foi feita uma interdição no acostamento, para entrada e saída de veículos.

Quem for pegar a estrada para sair da capital paulista deve se ater ao trânsito elevado. A maioria das rodovias apresenta tráfego intenso já desde a tarde desta sexta. A situação só deve melhorar no começo da noite de sábado (21).

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