Tarifas de ônibus, metrô e trens de SP subirão para R$ 4,40 a partir de 1º de janeiro

Reajuste será abaixo da inflação; novos valores foram encaminhados à Câmara e Assembleia

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São Paulo

A passagem do ônibus, metrô e trens será reajustada de R$ 4,30 para R$ 4,40 a partir de 1º de janeiro do próximo ano, segundo nota conjunta das gestões municipal de Bruno Covas (PSDB) e estadual de João Doria (PSDB) 

De acordo com o comunicado, as novas tarifas foram encaminhadas nesta sexta-feira (20) para os presidentes da Câmara Municipal e para a Assembleia Legislativa. 

O reajuste será de 2,33%, abaixo da inflação. Se fosse seguir o IPCA, com inflação acumulada de 3,27%, o novo preço da passagem seria de R$ 4,44. 

A nota conjunta afirma ainda que as atuais gratuidades serão mantidas. Todos os dias 8,3 milhões de passageiros são transportados nas 13 linhas disponíveis metrô e CPTM e 8,8 milhões nos ônibus da capital.

Na quinta (19), o secretário municipal de Transportes, Edson Caram, havia apresentado a proposta ao CMTT (Conselho Municipal de Transportes e Trânsito), mas ainda faltava a palavra final do prefeito. 

Caram afirmou que a proposta foi pensada levando em conta forte redução do subsídio para o sistema de ônibus no próximo ano. "Para isso, serão necessárias readequações não só no sistema como fazer a reposição", disse o secretário. 

Nesta sexta, 11 conselheiros do CMTT assinaram carta afirmando que a prefeitura tem capacidade financeira de manter a tarifa. 

Segundo eles, o custo para a prefeitura de manter a tarifa seria de R$ 127 milhões. Além disso, eles argumentam que o impacto é social da medida é desprezada pela prefeitura. 

O  Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) também é contrário à medida. 

Mais cedo, durante entrevista coletiva para lançar um programa social em Paraisópolis, o governador João Doria havia afirmado que não tinha uma posição sobre o tema. “Não há uma decisão ainda. Temos uma comissão conjunta. A prefeitura de São Paulo também tem seu comitê. Estamos em debate sobre esta decisão”, afirmou. 

Além da impopularidade da dos reajustes, o aumento da tarifa acabou virando tabu em São Paulo após os protestos de junho de 2013. 

Após o desgaste sofrido por Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), que acabaram revertendo o aumento na ocasião, os reajustes de ônibus, trem e metrô ficaram abaixo da inflação —enquanto os três reajustes anteriores a 2013 tinham superado a inflação acumulada.

Covas, em janeiro deste ano, aumentou a passagem de R$ 4 para R$ 4,30, um reajuste maior do que a inflação do ano anterior, de 3,75%. Na ocasião, a gestão afirmou que se tratava de uma reposição por anos anteriores em que não houve aumento. 

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