Ao menos duas pessoas são baleadas na região da avenida Paulista após Réveillon

Em um dos casos, mulher foi atacada a tiros por dois homens que fugiram num carro; ninguém foi preso

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São Paulo

Duas pessoas foram baleadas na madrugada deste 1º de janeiro nas proximidades da avenida Paulista após a festa de Réveillon.

A avenida símbolo da cidade de São Paulo sediou a virada do ano com shows de artistas como Lulu Santos e Anavitória.

Segundo a Polícia Militar, a primeira vítima dos ataques é uma mulher. Ela foi atingida por disparos de arma de fogo na esquina das ruas Peixoto Gomide e Frei Caneca (centro) por volta das 4h30.

O tiro acertou o quadril dela. Socorrida, foi levada numa ambulância para o Pronto-Socorro da Santa Casa de Misericórdia. A reportagem não conseguiu confirmar o estado de saúde da vítima porque seu nome não foi divulgado pela polícia. 

Festa da virada teve 5 mil baterias de fogos na Avenida Paulista
Festa da virada teve 5 mil baterias de fogos na Avenida Paulista - Divulgação

A mulher estava acompanhada de amigos, que disseram à polícia que participaram da festa da virada do ano na Paulista antes dos disparos.

Para a Polícia Militar, a vítima foi baleada por dois homens que estavam num carro Astra prata. Eles fugiram do local e ainda não foram localizados.

Outra vítima que saiu ferida após o Réveillon foi um homem, que também não teve o nome e nem a idade divulgados. A polícia informou que o rapaz foi atacado por volta das 5h na esquina das ruas Barbosa Rodrigues e Peixoto Gomide (centro).

O médico do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que prestou socorro ao homem não soube precisar se o ferimento foi provocado por tiro ou faca. Ele foi levado em estado grave para o Hospital das Clínicas.

O suspeito de ter cometido o crime também não foi localizado. Os dois casos serão investigados pela Polícia Civil.

Até as 11h, a Polícia Militar paulista não havia disponibilizado balanço das ocorrências de crimes registrados na avenida Paulista durante o Réveillon.

Na manhã desta quarta-feira, equipes de limpeza da prefeitura continuavam trabalhando para recolher o lixo acumulado na avenida. Balanço apontou que foram retiradas 66,5 toneladas de resíduos do local.

VIRADA NA PAULISTA

O show do músico Lulu Santos foi um dos mais aguardados na tradicional festa de Ano-Novo da avenida Paulista. O astro do pop nacional levou à multidão clássicos de seu repertório.

No palco, Lulu liderou uma coreografia que pedia dois passos para a esquerda, quatro no meio e dois para a direita. Ele pediu para todo o público que lotava a avenida dançar junto e, dessa forma, bater um recorde no Guinness Book.

"Eu tenho essa pretensão de, quem sabe, a gente entrar no Guinness com a maior quantidade de gente dançando uma coreografia", disse.

Além de Lulu, a festa teve como atrações os artistas Bimbo e Jhonas, Anavitória, DJ Leandro Pardi, Marcos e Belutti, o grupo Chiclete com Banana e a escola de samba Rosas de Ouro, que encerrou a noite.

Pelo segundo ano consecutivo, a Prefeitura de São Paulo anunciou fogos de artifício sem barulho a partir da meia-noite. Mas quem estava na Paulista ouviu estampidos durante os 12 minutos do espetáculo, apesar de o barulho ser mais fraco do que nas queimas de fogos tradicionais. 

O prefeito Bruno Covas (PSDB) sancionou em maio de 2018 uma lei municipal que proíbe manusear e soltar fogos de artifício que produzem ruído. O objetivo é evitar o mal-estar que o barulho provoca em pessoas idosas, crianças e animais domésticos. A multa para quem descumprir é de R$ 2 mil, com valor dobrado em caso de reincidência.

No ano passado, o barulho da queima da virada também foi percebido por pessoas que foram ao evento. E, como nesse ano, a promessa era de fogos silenciosos. 

Segundo a prefeitura, o Réveillon na Paulista movimenta o turismo e traz mais de R$ 600 milhões para a cidade. Foram investidos R$ 3 milhões na produção e infraestrutura do evento e empregadas 2,7 mil pessoas.

A segurança da festa contou com 409 homens da Guarda Civil Metropolitana e 73 veículos —carros, motos e bases comunitárias móveis. 

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