Detentos fogem de centro de detenção provisória em SP

Treze detentos do semiaberto pularam alambrado de unidade do Belém neste domingo (5)

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São Paulo

Um grupo de 13 detentos fugiu do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Chácara Belém, na zona leste da capital paulista, no início da noite deste domingo (5).

De acordo com a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), da gestão Doria, os detentos estavam na ala do semiaberto e já fora das celas pularam o alambrado da unidade.

A fuga ocorreu, segundo a secretaria, após o horário de visitas de familiares, que foi encerrado por volta das 16h.

A ausência dos 13 detentos foi percebida no momento da contagem. “A Polícia Militar foi imediatamente acionada, e os demais presos foram trancados em suas celas pelos agentes”, informou a SAP por meio de nota.

A Polícia Militar disse que foi acionada para atender a ocorrência por volta das 18h30, mas quando chegou ao local, os presos já haviam escapado.

Para evitar novas fugas, a direção da unidade disse que vai aumentar o número de funcionários e a altura do alambrado, além de instalar ofendículos para dificultar novas evasões.

Entrada do Centro de Detenção Provisória (CDP) no Belém, na zona Leste de São Paulo
Entrada do Centro de Detenção Provisória (CDP) no Belém, na zona Leste de São Paulo - Adriano Lima/Folhapress

CDP DO BELÉM

O CDP do Belém está localizado na avenida Condessa Elizabete Robiano, na altura do número 900, no Belém. A unidade foi inaugurada em fevereiro de 2000 e tem capacidade para abrigar 853 detentos, mas conta com 1.283.

De acordo com a SAP, as alas e unidades de regime semiaberto não dispõem de vigilância armada e nem são cercadas por muralha, conforme a legislação. “A permanência do preso, nesse regime, se caracteriza muito mais pelo senso de autodisciplina e responsabilidade, do que propriamente por mecanismos de contenção contra a evasão”.

Todos os fugitivos, assim que recapturados, voltarão ao regime fechado. Até às 20h desta segunda-feira (6), nenhum detento havia sido localizado.

POPULAÇÃO CARCERÁRIA

O número de presos do sistema carcerário de São Paulo mais que quadruplicou nos últimos 25 anos e atingiu, em maio de 2019, a maior população de sua história, 235.775 pessoas, segundo dados do governo paulista.

Nesse período, o estado foi administrado praticamente apenas pelo PSDB, partido do atual governador João Doria, com exceção das breves passagens do PFL, de Cláudio Lembo, e do PSB, de Márcio França.

São Paulo atingiu essa marca em meio ao processo de concessão à iniciativa privada, pela primeira vez, da gestão compartilhada de quatro unidades prisionais no estado.

Até o final deste ano, o governo Doria pretende destinar quase 20 unidades a parcerias, incluindo por meio de PPP (Parceira Público-Privadas), como já ocorre em outros estados do país.

O total de detentos inclui as prisões cíveis, como as por não pagamento de pensão alimentícia (responsabilidade da Segurança Pública), que somavam 1.979 pessoas.

Sem elas, são 233.796 presos criminais —condenados ou provisórios—, população equivalente à estimada para a cidade de Araraquara (233.744 habitantes).

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