A forte amizade entre o jornalista e escritor carioca Luiz Octavio Augusto de Lima e a ex-esposa, a também jornalista Jo Pasquatto, 61, preservou a convivência familiar. Estavam sempre juntos, inclusive nos feriados e nas festas.
"Sabe o que chamamos de empatia? O Luiz era o tipo de pessoa que em meia hora de conversa virava seu melhor amigo da infância. Ele se interessava genuinamente pelas pessoas", conta Jo.
Inteligente, apreciava tudo o que entendia muito bem, como cinema e música, por exemplo.
O filho, Giovanni Pasquatto Lima, 20, era o grande companheiro de viagens que gostava de fazer.
Jo foi testemunha da trajetória que Luiz Octavio construiu no jornalismo e na carreira de escritor. Passou pelas redações de alguns dos principais veículos de imprensa do país.
No Grupo Estado, foi um dos pioneiros na publicação do conteúdo do jornal na internet, a partir dos anos 1990.
Como escritor, lançou os livros "Pimenta Neves - Uma Reportagem", "A Guerra do Paraguai", "21 Grandes Batalhas que Mudaram o Brasil", "1932: São Paulo em Chamas", "O que é Lazer?, além do livro e documentário sobre a vida do Dr. Manlio Napoli, fundador do Hospital Anchieta.
Segundo Jo, Luiz estava prestes a lançar "Os Anos de Chumbo" (Editora Planeta), que retrata o período das presidências de Jânio Quadros a Tancredo Neves e de José Sarney. Simultaneamente, trabalhava na produção de outro livro, sobre histórias de bairros de São Paulo.
Com Moisés Rabinovici, criou o site Museu da Corrupção, que lhe rendeu o prêmio Esso de melhor Contribuição à Imprensa.
Luiz Octavio de Lima morreu no dia 15 de janeiro, aos 60 anos, de um AVC agravado por quadro infeccioso. Separado, deixa um filho.
coluna.obituario@grupofolha.com.br
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