Descrição de chapéu Obituário Oksana Olga Boruszenko (1939 - 2020)

Mortes: Manteve viva a tradição ucraniana pelo mundo

Oksana Olga Boruszenko dedicou a vida aos estudos sobre o país

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Curitiba

Em seu apartamento cinquentenário no entorno da reitoria da UFPR (Universidade Federal do Paraná), 
em Curitiba (PR), a professora Oksana Boruszenko recebia documentaristas, estudiosos, jornalistas e quem mais se interessasse em conhecer sua história, que se confundia com sua formação.

Oksana deixou a Ucrânia para morar no Brasil aos dez anos. Filha de engenheiro e professora, foi encorajada a estudar as origens, optando pela faculdade de História.

“Ela dizia que queria dar respostas às perguntas”, conta a irmã, Larissa, sobre a escolha profissional de Oky, como era chamada por amigos e familiares.

Oksana Olga Boruszenko (1939-2020)
Oksana Olga Boruszenko (1939-2020) - Reprodução/Facebook

Atuou por 25 anos como professora na vizinha UFPR. Concluiu em 1972 o doutorado em História Eslava na Universidade de Munique, na Alemanha, e foi professora visitante em instituições da Argentina, Canadá e Estados Unidos.

Na atividade científica, dedicou-se especialmente ao berço ucraniano, publicando mais de 50 trabalhos sobre o tema.

Foi uma das primeiras a documentar quem eram os ucranianos no Brasil e suas contribuições para a formação do país e em especial do Paraná.

Pela irmã a professora perpetuou a família. Tinha no filho, nora e neto de Larissa sua descendência.

A pedido da amiga Eugenia Mazepa, morta há 19 anos, adotou a filha dela, Ana Maria Mazepa, a Hanucha.

O que poucos sabiam, porém, é que ela havia nascido em Varsóvia, na Polônia, onde os pais encontraram o hospital mais próximo durante a fuga dos horrores do início da guerra.

Oksana Olga Boruszenko morreu no dia 3 de janeiro, aos 80 anos, de parada cardiorrespiratória. Deixa o sobrinho Alexandre, casado com Rosi, a quem tinha como filhos; o filho deles, Arthur; a irmã Larissa; e a “filhinha” Hanucha.

coluna.obituario@grupofolha.com.br
 
Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.