Bruno Covas anuncia concessão de piscinões para iniciativa privada

Edital para a PPP dos Piscinões deve ser divulgado ainda em fevereiro

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São Paulo

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou neste sábado (15) que divulgará ainda em fevereiro um edital de concessão para manutenção e construção de piscinões na cidade pela iniciativa privada.

A chamada PPP dos Piscinões incluirá a construção de cinco desses equipamentos e a conservação de outros quatro em diversas áreas da cidade.

Em troca, o concessionário terá o chamado "direito de laje", ou seja, a possibilidade de explorar comercialmente as áreas em cima do piscinão.

Vista aérea da construção do piscinão
A construção do piscinão do Pacaembu, em 1995, sob o que é hoje a praça Charles Miler - L.C.Leite - 02.jan.1995/Folhapress

Para que isso fosse possível, a legislação municipal foi alterada no ano passado. "Antes você não podia construir em cima. Só podia ter prédios públicos, como por exemplo o estádio do Pacaembu", afirmou o prefeito.

Segundo ele, não há problema de ordem técnica na construção de prédios em cima de piscinões. "Não é nenhuma novidade da engenharia. Nunca houve problema com o Pacaembu", disse.

Na última segunda (10), São Paulo sofreu com alagamentos provocados por uma das maiores chuvas da história. Embora Covas tenha dito que em 24 horas a cidade já estivesse praticamente normalizada, ainda há áreas em que a água não baixou, como São Miguel Paulista, na zona leste.

"São áreas que estão abaixo da calha do rio [Tietê]. Em outros anos ficaram meses alagadas, mas a gente já tem conseguido resolver com maior agilidade", declarou.

Covas participou de uma reunião com a militância do PSDB na cidade. O evento oficialmente era uma prestação de contas do prefeito para o partido, sem caráter político ou eleitoral.

 

Apesar disso, houve gritos de "1, 2, 3, é Covas outras vez", em referência à sua candidatura à reeleição. O prefeito, que se trata de um câncer, falou sentado numa cadeira, sozinho em cima do palco, por recomendação médica.

Ao mencionar o desafio que estava enfrentando, emocionou-se e chegou a limpar uma lágrima.
Ele deve se internar na terça (18) para uma bateria de exames e ficar no hospital até o dia seguinte. Com base nessa avaliação, os médicos decidirão se será necessário fazer uma cirurgia.

O prefeito também falou sobre o Carnaval de São Paulo, dizendo que hoje está no mesmo patamar de Rio de Janeiro e Salvador. Mas negou que haja rivalidade entre as cidades.

Disse ainda que o gasto da prefeitura com a festa será de R$ 10 milhões, sobretudo para organização de desfiles em bairros afastados, mas que a despesa compensa, porque trará retorno de mais de R$ 2 bilhões para a cidade.

"Não é porque o prefeito gosta de festa, e eu gosto mesmo. É porque o Carnaval traz emprego e renda para as pessoas", declarou.

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