Cavalo da PM morre eletrocutado ao pisar em bueiro na praça da República, em SP

Prefeitura diz que responsabilidade é da Enel, concessionária afirma que fiação estava dentro do padrão

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São Paulo

Um cavalo da Polícia Militar foi eletrocutado ao pisar na tampa de um bueiro energizado, na praça da República, região central de São Paulo, na quinta-feira (6). 

De acordo com a PM, uma equipe do Regimento de Cavalaria realizava o policiamento no local, e, quando um dos cavalos pisou sobre uma tampa de metal sofreu uma descarga elétrica. A policial militar que montava o animal sentiu o choque elétrico, mas não sofreu lesões.

Os outros policiais que estavam no local tentaram socorrer o cavalo, mas não conseguiram evitar a morte do animal.

Cavalo Conhaque, da PM, morre eletrocutado ao pisar sobre uma tampa de metal energizada na praça da República, no centro da capital paulista
Cavalo Conhaque, da PM, morre eletrocutado ao pisar sobre uma tampa de metal energizada na praça da República, no centro da capital paulista - Reprodução/Record TV

De acordo com a PM, "o Regimento de Cavalaria instaurou uma sindicância para apurar as circunstâncias do fato". Um boletim de ocorrência foi registrado no 2º Distrito Policial.

Em nota, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal das Subprefeituras, diz que o local onde ocorreu o acidente "foi em uma caixa da concessionária Enel, sendo de sua responsabilidade a detecção de qualquer problema".

A Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia, afirma que técnicos da companhia estiveram no local e verificaram que o cabo da rede do serviço municipal de iluminação pública estava desencapado, "o que provavelmente deixou a caixa subterrânea energizada".

Em nota, a Enel diz que "os cabos da concessionária estavam dentro do padrão, sendo um procedimento técnico e de segurança da empresa sempre manter seus cabos e conexões devidamente isolados".

"A companhia acrescenta que aguarda apuração da perícia realizada no local sobre as possíveis causas para o cabo estar desencapado".

O caso ressalta a importância de manutenção para prevenção de choques em equipamentos públicos.

Durante o Carnaval de 2018,  o estudante de ciências e tecnologias (com matérias de engenharia biomédica) Lucas Antônio Lacerda da Silva, 22, morreu após levar um choque ao encostar em um poste de sinalização de pedestres na esquina das ruas da Consolação e Matias Aires, na região central de São Paulo. A tragédia ocorreu durante a passagem do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta.

Socorrido e levado para a Santa Casa, o rapaz não resistiu.

Nesta e nas próximas semanas, um grande número de foliões estarão nas ruas da cidade acompanhando os desfiles de uma série de blocos. Neste ano, o Carnaval de São Paulo terá recorde de blocos e pela primeira vez terá desfiles em todas as 32 subprefeituras da cidade. 

No ano passado, a capital paulista ultrapassou o Rio em número de blocos. Em 2020, o total de grupos de foliões cresceu 62% em relação ao ano passado, passando de 490 para 678 confirmados. Entre as novidades estará um desfile do bloco pernambucano Galo da Madrugada

A nota da prefeitura diz ainda que a  pasta fiscaliza regularmente os 45 mil postes de ferro na cidade de São Paulo e que "em razão de manutenções preventivas e corretivas, todos são aterrados".

"Importante informar que o Ilume, concessionária responsável pela iluminação pública na cidade, intensificou a inspeção de todos os postes das regiões que terão maior aglomeração em razão dos blocos de carnaval", diz a nota.

A Enel afirma que faz cerca de 2.600 manutenções de suas câmaras subterrâneas ou caixas de passagem, por meio de inspeção visual, medições e termografia. "Além disso, dada a proximidade do Carnaval, estão sendo realizadas inspeções nos pontos estratégicos de maior concentração popular."

Em relação à morte do estudante, afirma que o poste era de sinalização e não pertencia à distribuidora.

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