Descrição de chapéu Chuvas

Frente fria em pleno verão fecha fevereiro após recorde de chuva

Mês já registra o maior volume de chuva dos últimos 77 anos na capital paulista, segundo o Inmet

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Fevereiro de 2020, que ainda não acabou, vai entrar para a história como o mês mais chuvoso dos últimos 77 anos em São Paulo.

Segundo as medições oficiais aferidas pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), já choveu 483,6 mm na capital paulista até a manhã desta quinta-feira (27) —quase o dobro da média histórica esperada para o mês (246 mm).

Até então, o fevereiro mais chuvoso havia ocorrido em 1995, com 445 mm.

Nos 21 dias de chuva registrados neste mês, o paulistano foi mais afetado no dia 10, quando o nível da água transbordou as marginais e alagou casas, prédios e estabelecimentos comerciais pela cidade.

A Ceagesp, maior entreposto de alimentos da América Latina, perdeu na ocasião cerca de 7.000 toneladas de alimentos.

A gestão Covas (PSDB) também decretou situação de emergência em parte da zona leste, região da cidade em que os alagamentos persistiram por dias após o temporal.

Mas, além da chuva, o mês também tem sido atípico em relação à queda do índice das temperaturas mínimas, mais baixas do que a média histórica (19,7°C).

As temperaturas mínimas previstas nos próximos dias ficarão na casa dos 15°C nesta sexta (28), 16°C no sábado (29) e 17°C no domingo (1º de março).

Nesse período, o paulistano vai enfrentar garoa, nas madrugadas e no início das manhãs; pequenas aberturas de sol, no início das tardes; e chuva entre o final das tardes e o início das noites.

Para o meteorologista Thomaz Garcia, do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), órgão da prefeitura paulistana, é a circulação de ventos frios e úmidos gerados pela passagem de uma frente fria que tem derrubado as temperaturas em pleno verão na cidade de São Paulo.

Os casacos e o guarda-chuva, segundo Garcia, continuarão obrigatórios até ao menos o início da primeira semana de março. “Sem o sol, essa circulação de vento faz a sensação de frio aumentar”, afirma o meteorologista.

Para Garcia, o sol deverá aparecer com força apenas na segunda semana do próximo mês.

Neste final de semana, quando a capital paulista ainda estará em festa com a passagem da última leva de blocos no pós-Carnaval, a chuva deve aparecer de forma isolada no sábado e com mais volume no domingo.

“O folião não vai passar calor neste fim de semana, mas vai sair molhado do bloquinho”, brinca Garcia.

FRIACA NO SUL

Temperaturas com a cara de inverno também atingiram a serra catarinense nesta quinta. Geadas foram registradas em Urupema, com 0,9°C e, em São Joaquim, com 5°C.

Mesmo em outras regiões de Santa Catarina, as temperaturas mínimas não subiram muito, girando em torno dos 12°C a 14°C no litoral e no oeste do estado. Já no planalto e no meio-oeste catarinense, ficaram entre 7°C e 8°C.

As máximas não passaram de 28°C em todo o estado, segundo o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina.

Diferentemente do que ocorre na região Sudeste, onde há concentração de chuvas, no Sul do Brasil predomina o ar seco e frio.

Mesmo com as baixas temperaturas, os ventos fortes registrados nos últimos dias em Santa Catarina, principalmente no litoral, diminuíram de intensidade nesta quinta-feira.

Para esta sexta-feira (28), a previsão é de subida leve na temperatura mínima, com ao menos 5°C em Urupema, e chegando à máxima de 32°C no extremo oeste catarinense.

Vegetação após geada em Urupema, na manhã desta quinta (27)
Vegetação após geada em Urupema, na manhã desta quinta (27) - Marleno Muniz Farias/Prefeitura de Urupema
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.