Gestão Covas vai manter rodízio de veículos suspenso nesta terça

Prefeitura de SP afirma que passará a noite limpando e liberando ruas aos veículos

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São Paulo

A gestão Bruno Covas (PSDB) afirmou que decidiu manter rodízio suspenso durante esta terça-feira (11). 

A medida é uma das anunciadas após reunião do gabinete de crise com o prefeito e secretários na tarde desta segunda. 

Segundo secretários da gestão tucana, mesmo sem previsão de chuva intensa, a decisão foi tomada para amenizar o desconforto desta segunda, em que cidadãos acabaram ficando com carros ilhados em vários pontos da cidade, sem poder voltar para suas regiões de origem. 

Entre as medidas para amenizar os problemas na cidade, estão a limpeza dos locais onde as águas baixaram para liberação das ruas para os veículos.

"As regiões em que gente ainda tem problema são basicamente das subpreituras de Lapa, Santana e Pinheiros. Outra área é na marginal Tietê, perto da ponte das Bandeiras", diz o secretário das Subprefeituras, Alexandre Modonezi. 

De acordo com o secretário de Infraestrutura e Obras, Vitor Aly, o principal problema na cidade ocorreu na região dos rios Pinheiros e Tietê. 

"O sistema de drenagem, a parte feita pela prefeitura, funcionou bem, porque não tivemos grandes alagamentos distribuídos pela cidade. A concentração se deu na região dos dois rios, da marginal Pinheiros e Tietê". 

"A gente chama o fenômeno de repique. A primeira chuva vem e satura o solo. O solo tem um tempo de absorção. Quando veio a segunda chuva, o solo não tinha capacidade de absorção. Então, a chuva foi para o sistema de drenagem, o que acarretou e piorou a situação em termos de drenagem", diz Aly. 

De acordo com a prefeitura, nenhum dos piscinões extravasou e, na noite desta segunda, 70% deles estão abaixo de 30% da sua capacidade. A tendência, segundo a gestão, é que o nível baixe ainda mais. 

A prefeitura afirma que, agora, será retirada a sujeira dos piscinões. Os rios também estão voltando para o nível natural, embora ainda haja um grande acúmulo de água vindo da região de Suzano, na Grande SP. 

Conforme a Folha mostrou, a cidade tem ao menos 17 obras de drenagem, a maioria delas atrasada. A administração afirma que, até o momento, inaugurou oito piscinões, cinco deles no último ano. 

O secretário Vitor Aly afirma que os locais onde esses equipamentos foram instalados já tiveram reflexos positivos neste verão. Citou como exemplos piscinões no Tremembé (zona norte) e Ipiranga (zona sul). 

A atual gestão culpa a anterior, por deixar apenas projetos básicos das obras. A administração Haddad afirma que é incompetência culpar a gestão que acabou em 2016. 

Uma das críticas ao modelo de drenagem adotado em São Paulo é que houve muita concentração de investimento em piscinões e canalizações de córregos, mas pouco foco em aumentar a permeabilidade do solo, em uma realidade com chuvas maiores que as médias históricas. 

"Estamos tentando mudar isso", afirma Vitor Aly. "Estamos trabalhando com a ideia de fazer reservatórios drenantes, que leve as águas para os lençóis freáticos". 

Para isso, está sendo desenvolvido um mapeamento das 104 bacias hidrográficos da cidade. "Com esse mapeamento, a gente consegue desenhar qual é a mancha de alagamento e faz um planejamento de quais são equipamentos, obras de infraestrutura necessárias nos próximos 100 anos".  

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