Vencer as provas que a vida nos impõe não é fácil, mas Paulo Eugenio Gedóz de Carvalho foi vitorioso em todas.
Nascido em Caxias do Sul (RS), no coração de uma família simples, precisou trabalhar cedo para colaborar com o sustento da casa.
Dividiu seu tempo entre os estudos e o trabalho até concluir o curso de educação física pela Universidade Federal de Santa Maria.
Foi coordenador desportivo em Caxias do Sul e técnico das equipes estudantis de atletismo e handebol.
Batalhou para propagar o esporte e defender os profissionais da área. Dedicou mais da metade de sua vida ao ensino da educação física na Universidade de Caxias do Sul.
Em julho de 2017, foi convidado pelo então prefeito para assumir o cargo de secretário municipal de Esporte e Lazer. Saiu em maio de 2019 por ser contra a forma pela qual o governo conduzia a área.
Protagonista na educação dos filhos, foi sensato na dose de exigência e exagerado no amor para estimular os estudos deles.
"Meu pai era muito justo e transparente com as pessoas. Não tinha papas na língua e estava sempre disposto a ajudar. Nos mostrou a importância da família. Apesar da postura brava, tinha um coração gigante", diz a filha, a curadora de arte Mona Carvalho, 35.
Mesmo aposentado, não deixou o esporte de lado. A morte por infarto pegou a família de surpresa, uma vez que ele cuidava da alimentação, praticava natação duas vezes por semana e frequentava a academia outras três.
No braço, carregava a tatuagem do número que representava sua vida: 39. Dizia aos filhos que morreria com 93 anos, mas a vida antecipou para 66. Paulo morreu no dia 25 de fevereiro. Deixa esposa, dois filhos e um neto.
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