Foi no show do cantor Alexandre Pires, há pouco mais de seis anos, que André Moreira Neles conheceu a maquiadora Angélica Tavares de Barros, 34.
Durante anos, a amizade ficou no campo virtual. Ambos casaram-se com outros parceiros e, em outubro de 2019, já separados, reiniciaram o contato com um encontro marcado por iniciativa de André.
Veio o namoro e meses depois passaram a morar juntos. Um mês após a união, André sofreu uma parada cardíaca e morreu nos braços da companheira.
Nascido em Patrocínio (MG), desde criança André alimentava o sonho de ser um craque do futebol.
Quando mudou para Uberlândia (MG), pediu uma chance ao Uberlândia Esporte Clube, fez o teste e iniciou a carreira.
De lá, foi para o Atlético Mineiro. Entre os grandes times, jogou no Vitória, Benfica, em Portugal, e chegou ao Palmeiras, onde ficou conhecido como André Balada. Depois, teve outra curta passagem pelo Atlético Mineiro.
Foi no Palmeiras que André amargou muitos jogos no banco de reservas e a saúde mental começou a dar sinais de que algo não ia bem.
Dos campos de futebol, André Balada foi direto para o mundo do álcool e das drogas. Graças a um amigo, conseguiu recuperar-se e começou a frequentar a igreja evangélica.
“Ele dizia que não era mais o André Balada, mas o André de Deus e superou tudo com a mesma garra e determinação que entrava no campo de futebol”, diz a companheira Angélica.
André se aposentou em 2017, pelo Alecrim-RN.
“Ele dizia que a maior ostentação da vida é ser feliz”, conta Angélica.
André Moreira Neles morreu dia 6 de fevereiro, aos 42 anos. Separado, deixa três filhos e a companheira.
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