Cinco dias depois de a OMS (Organização Mundial da Saúde) ter declarado que existe uma pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criou, nesta segunda-feira (16), um comitê de crise para coordenar e monitorar o combate à doença no Brasil.
O decreto com a instituição do comitê foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União.
De acordo com o decreto, o comitê de crise visa a "articulação da ação governamental e de assessoramento ao presidente da República". Ele será coordenado pelo ministro Walter Braga Netto (Casa Civil).
Também farão parte do órgão os seguintes ministérios: Justiça, Defesa, Relações Exteriores, Economia, Infraestrutura, Educação, Cidadania, Saúde, Ciência e Tecnologia, CGU (Controladoria-Geral da União), Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Secretaria-Geral, Secretaria de Governo, Segurança Institucional e Advocacia-Geral da União.
Os presidentes do Banco Central, do Banco do Brasil, da Caixa e do BNDES também vão compor o comitê, assim como o chefe da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o coordenador do Centro de Operação Emergenciais em Saúde Pública da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
As reuniões ocorrerão de acordo com convocação de Braga Netto.
A OMS classificou o coronavírus como pandemia no dia 11 de março. Globalmente, há 167.511 casos confirmados do novo vírus, segundo a organização.
No Brasil há 234 casos confirmados e 2.064 suspeitos.
O presidente Bolsonaro minimizou em diversas declarações a pandemia. Ele também foi criticado por governadores e parlamentares por ter estimulado e participado de manifestações pró-governo que ocorreram no domingo (15). A presença de Bolsonaro nos protestos contrariou recomendação de seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que alertou para o maior risco de contaminação pelo vírus em ambientes com aglomerações.
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