Ribeirão Preto investiga segunda morte suspeita por dengue no ano

De janeiro até terça-feira (10), a cidade registrou 3.564 casos confirmados da doença

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Ribeirão Preto

Uma mulher idosa que estava internada e morreu num hospital particular de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) pode ser a segunda vítima da dengue neste ano na cidade, que já passou de 3.500 casos da doença em 2020.

De acordo com a prefeitura, a Secretaria da Saúde de Ribeirão recebeu nesta quarta-feira (11) a notificação do óbito da paciente e aguarda o resultado dos exames para diagnóstico de dengue ou de outra doença. O material foi enviado ao Instituto Adolfo Lutz, na capital, para análise. O nome da paciente não foi revelado.

De janeiro até esta terça-feira (10), a cidade registrou 3.564 casos confirmados da doença, de acordo com dados do (Centro de Vigilância Epidemiológica), órgão da Secretaria da Saúde estadual. Nos dois primeiros meses do ano, conforme a prefeitura, foram 3.065 casos da doença, com maior incidência na zona leste da cidade (1.040 registros).

A primeira morte do ano em decorrência da dengue foi a de Denis Bryan Souza, 10, dia 1º de fevereiro, depois de passar por oito atendimentos em unidades de saúde durante cinco dias, sem que a doença fosse diagnosticada.

Antes, em 15 de janeiro, uma garota de 8 anos morreu de dengue hemorrágica em Ribeirão Preto, mas o caso foi contabilizado em São Simão, cidade de origem da menina na própria região, segundo a prefeitura.

Em 2019, foram três as mortes provocadas pela doença no município. “Desde 2019 estamos nos preparando para esse surto. O que notamos é que está havendo uma redução da curva de novos casos e que a população está colaborando para que a gente consiga sucesso. O trabalho tem sido feito diariamente”, disse o prefeito de Ribeirão, Duarte Nogueira (PSDB).

A faixa etária mais atingida pela doença é a de 20 a 39 anos, com 993 casos confirmados. Em bebês com menos de um ano foram registrados 28 casos.

Embora esteja distante dos 14.421 casos confirmados em todo o ano passado em Ribeirão, a cidade aparece no topo do ranking em São Paulo em números absolutos, segundo o CVE.

Quando são analisados os casos em relação à população, porém, ela fica distante da liderança. Enquanto a cidade teve até aqui um caso para cada 197 habitantes, em Potim, com 1.721 casos e população de 24.643 habitantes, foi confirmado um a cada 14,3 moradores.

Em outras duas cidades, Conchal e Aguaí, as proporções são de um a cada 24,3 e 30,2 habitantes, respectivamente.

Todos os sábados a Secretaria da Saúde de Ribeirão tem feito mutirões para combater possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

No último sábado (7), foram recolhidas 8,5 toneladas de materiais como pneus que poderiam armazenar água parada, o que propicia o desenvolvimento do mosquito, no Jardim Javari, Vila Augusta, Vila Albertina e Recreio. A maior epidemia registrada em Ribeirão ocorreu em 2016, quando foram confirmados 35.043 casos da doença --foi o último da segunda gestão da ex-prefeita Dárcy Vera (sem partido).​

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