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Moro diz que não é contra proteção a presos, mas soltura de quem cometeu crimes de corrupção e grave violência

Para o ministro, é preciso evitar a soltura de detentos perigosos e de organizações criminosas

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Brasília

O ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou, em nota à Folha, que não é contrário a medidas de proteção aos presos durante a pandemia do coronavírus.

A manifestação foi feita em resposta ao editorial do jornal publicado nesta quarta-feira (15) sobre a redução da superlotação dos presídios como forma de combater a doença.

O editorial diz que Moro rechaçou propostas de punições alternativas a presos em grupo de risco e sem histórico de crimes violentos.

Família observa o detento Charles da Silva Barreto, 30, se entregar no CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Mongaguá, no litoral paulista; pouco mais de 500 detentos fugiram do local em março
Família observa o detento Charles da Silva Barreto, 30, se entregar no CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Mongaguá, no litoral paulista; pouco mais de 500 detentos fugiram do local em março - Eduardo Anizelli - 17.mar.20/Folhapress

Leia a íntegra da nota:

​“Em relação ao editorial ‘Aliviar as prisões’, publicado no jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira, 15 de abril, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, esclarece que não é contrário às medidas de proteção aos presos. O alerta do MJSP sempre foi no sentido de que dever-se-ia, na aplicação da recomendação do CNJ, evitar a soltura de presos perigosos, assim entendidos, os que teriam cometido crimes com grave violência contra pessoas, os membros de organizações criminosas e, também, os responsáveis por graves crimes de corrupção, a fim de prevenir, no último caso, sentimento de impunidade.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio do Depen, está adotando todas as medidas sanitárias e precauções no sistema prisional, que estão ao seu alcance, de forma a evitar o contágio de presos e preservar vidas. Mas isso sem deixar de lado a preocupação com a segurança pública dos cidadãos que nunca cometeram crimes e que, portanto, não merecem correr riscos provocados por um eventual aumento da criminalidade, em tempos já conturbados com as restrições provocadas pela pandemia de Covid-19.”​

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