José Maria Pereira do Nascimento foi criado na roça, em Angelim (PE). Proativo, curioso e inteligente, aprendeu tudo sobre a fabricação de utensílios e objetos de ferro como camas, mesas, cadeiras, portões e janelas, por exemplo. Não concluiu os estudos, mas nunca ficou sem trabalho.
Há 35 anos mudou-se para São Paulo a pedido do irmão, Manoel Pereira do Nascimento. Dividia seu tempo entre a serralheria que montou e a empresa de plástico de Manoel. Forrozeiro como todo bom nordestino, apesar das longas horas de trabalho gostava de festa, de dançar forró e de ficar com a família.
Em Angelim, onde também foi candidato a vereador, José montou uma banda de forró para se divertir com os amigos, segundo conta a filha, a cabeleireira Karla Fabiana Vilela Pereira, 36.
Ensinou aos filhos a importância de aproveitar a vida e de não deixar nada para o dia seguinte. “Apesar de bravo, ele era um pai carinhoso, que gostava muito dos filhos e netos. A família era o seu foco”, diz Karla.
De 20 anos para cá, os problemas de saúde começaram a aparecer. A arritmia e a hipertensão lhe tiraram a vontade de sair e a disposição para os eventos festivos.
Mais em casa, José apegou-se às redes sociais, em especial ao Facebook.
Como era sedentário e avesso à prática de esportes, virou comentarista de programas de TV para a família. Acompanhava desde missas até telejornais e novelas.
Bom de conversa e noveleiro, José sabia discursar a respeito dos enredos e das tramas das telenovelas. E divertia a todos.
José Maria Pereira do Nascimento morreu dia 26 de abril, aos 67 anos, de insuficiência respiratória.
Deixa esposa, sete filhos, três netos e um bisneto.
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