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Bloqueios em São Paulo terão apenas corredores de ônibus liberados

Apenas coletivos, viaturas em serviço e trabalhadores da saúde poderão passar pelas vias bloqueadas

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São Paulo

A partir de amanhã, terça (5), São Paulo terá vias com apenas o corredor exclusivo de ônibus liberado para passagem de veículos. A informação foi dada na manhã desta segunda (4) pelo secretário de transportes municipal, Edson Caram, em entrevista ao programa Bom Dia SP, da Globo.

Segundo Caram, além dos ônibus, funcionários da área hospitalar (médicos, enfermeiros, administrativos, entre outros) poderão passar pelos bloqueios. Isso será possível através de um cadastro feito pelos próprios hospitais.

Não foi informado, no entanto, se outros trabalhadores considerados essenciais e pessoas que tenham compromissos, como consultas médicas, poderão furar o bloqueio. O restante do trânsito será desviado por vias próximas.

Segundo comunicado da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), as intervenções nesta terça serão mais cedo, das 6h às 10h, e nos seguintes locais:

  • Zona sul: av. Moreira Guimarães com av. Jurema (interditando a Rubem Berta em direção ao centro); bloqueio complementar na rua Luís Góis;
  • Zona norte: av. Santos Dumont com av. do Estado;
  • Zona leste: av. Radial Leste com viaduto Bresser;
  • Zona oeste: av. Francisco Morato com av. Morumbi; bloqueio complementar na rua Sapetuba com a rua Martins.

Também serão feitas três blitzes educativas, das 7h às 9h, na av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, na Vila do Encontro e av. Santa Catarina, na Vila Mascote (zona sul), e na av. Peri Ronchetti, no Cachoeirinha (zona norte).

Segundo a CET, as intervenções desta segunda não tiveram nenhuma intercorrência. Os dados da companhia registraram 21 km de lentidão e 11 km de congestionamento na cidade. Junto com a segunda-feira passada (27), foi o maior registro de lentidão na cidade pela manhã desde o começo da quarentena.

Os bloqueios foram feitos nesta segunda das 7h às 9h na avenida Moreira Guimarães com Miruna (zona sul); Santos Dumont com avenida do Estado (zona norte); Radial Leste com rua Pinhalzinho (zona leste); e Francisco Morato com rua Sapetuba (zona oeste).

O maior congestionamento aconteceu no bloqueio na avenida Moreira Guimarães (2,2 km). Na av. Radial Leste foram 1,8 km de congestionamento, 1 km na av. Santos Dumont e apenas 400 metros na av. Francisco Morato, segundo nota da CET.

O índice de isolamento social vem caindo no estado, o que preocupa autoridades. Na sexta-feira (1º), um feriado, ele foi de 56%. Na quinta-feira (30), porém, essa taxa chegou a 46%, menor marca das últimas semanas.

O poder público espera atingir ao menos 50%, mas o ideal seria a partir de 60%.

Por isso, segundo a prefeitura, se a adesão ao isolamento não aumentar, os bloqueios podem passar a ser feitos durante todo o dia, para aumentar o desestímulo às saídas.

Perguntado sobre novas medidas e aumento das restrições durante a entrevista ao Bom Dia SP, o secretário afirmou que a prefeitura acompanha dia a dia a adesão da população às recomendações de restrição e ao decreto de quarentena.

"Nós não queremos criar congestionamento, mas o objetivo é causar desconforto para quem está saindo sem necessidade e descumprindo o decreto", disse Caram.

Segundo o secretário, mais vias na cidade podem ter todas suas faixas gerais fechadas, caso a prefeitura avalie que os bloqueios não estão sendo suficientes para manter a população em casa.

Até o último domingo (3), o estado de São Paulo registrou 2.627 mortes pelo novo coronavírus. A capital é o município mais afetado, com 1.693 mortes, segundo último boletim da Secretaria de Saúde municipal, de domingo.

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