Descrição de chapéu Coronavírus

Governo negocia com novas empresas nacionais para fornecimento de respiradores

Ministério da Saúde tenta contornar problemas ocorridos na busca pelo item no mercado internacional

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Brasília

O secretário-executivo do ministério da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou nesta segunda-feira (11) que o governo negocia com outras cinco empresas nacionais para aumentar o fornecimento de respiradores —item considerado importante para o tratamento de casos graves do novo coronavírus.

Ao lado do ministro Nelson Teich (Saúde), Pazuello relatou problemas prévios experimentados pela pasta na busca desses produtos no mercado internacional e disse que atualmente o governo mantém conversas com fornecedores em Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo.

"Estamos fechando novos negócios com mais cinco empresas nacionais, que estão se habilitando a fornecer [respiradores]", disse Pazuello. "Serão contratadas sequencialmente até mais cinco empresas. São de Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo. Basicamente esses três estados que têm empresas produzindo esse material em condições de fazer [respiradores]".

Ainda de acordo com Pazuello, o governo já conta com fornecedores nacionais, que foram contratados após uma primeira tentativa de compra de 15.000 respiradores no exterior ter fracassado. O ministério da Saúde aportou recursos para que esses fabricantes conseguissem ampliar sua capacidade de produção. "Essas empresas vêm fornecendo e gradativamente e, a cada quinzena, aumentando a sua capacidade de entrega. Temos a previsão de chegarmos até o final de maio totalizando 2.600 respiradores entregues", acrescentou.

A dificuldade em obter respiradores é apontada hoje como o principal gargalo na assistência a casos do novo coronavírus.

Até o momento, foram distribuídos 557 desses equipamentos aos estados, no valor de R$ 31,9 milhões.

Em outra frente, o secretário-executivo disse que o governo está enviando equipes diretamente para países produtores para acompanhar compras em negociação ou realizadas e garantir que os equipamentos sejam entregues no Brasil. Sem mencionar para qual país, ele disse que uma primeira equipe será enviada ainda nesta semana para a Ásia e também citou como destinos dessas missões Inglaterra, Espanha e Nova York (EUA).

Segundo Pazuello, um dos objetivos da presença desses funcionários nos países fornecedores é evitar "atravessadores", quando contratos assinados por brasileiros são derrubados por ofertas maiores de compradores de outros países.​

As missões podem incluir o envio de aviões do Brasil para trazer os equipamentos, disse o general.

"As negociações internacionais ficam sendo postergadas por demandas de atravessadores, demandas de um fornecedor complicado, e a gente fica sem ter garantia de empenhar recurso federal para comprar isso no exterior e garantir que seja efetivamente entregue no Brasil no mais curto prazo".

Recentemente, estados também têm tido problemas para adquirir esses produtos. No Pará, foram entregues respiradores diferentes do contrato e que não podem ser usados.

Já governo de Santa Catarina perdeu neste domingo (10) o segundo secretário em razão das investigações sobre a compra emergencial de respiradores para o atendimento de pacientes em estado grave infectados pelo novo coronavírus.

Os equipamentos ainda não foram entregues, tendo o prazo já expirado. A empresa contratada também não tinha histórico de atuação na área.

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