Ao contrário de muitas mulheres da época, Niube Guedes de Souza Carbone cursou ensino superior.
Formou-se em contabilidade na Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) e por muitos anos foi perita judicial da 11ª Vara Trabalhista.
Independente, moderna e à frente do seu tempo, Niube estudava à noite e trabalhava durante o dia.
Seus pais foram grandes incentivadores da sua evolução e por isso repetiu a fórmula com os quatro filhos.
"Ela ensinou os filhos a trabalhar para um mundo melhor, mais justo e fraterno. Nos criou para enfrentar a realidade", diz um dos filhos, o advogado Ângelo Carbone.
Em 1983, Niube perdeu uma filha para a leucemia. Formada em odontologia, Heloísa Rosaria Carbone Carrijo constatou a doença quando foi realizar exames médicos para viajar à Alemanha.
Niube morou no Bom Retiro, onde nasceu, e em Santana. Sua família era tradicional na Vila das Palmeiras, região da Freguesia do Ó. Como acompanhou o desenvolvimento do bairro, em 2019 foi homenageada pela Câmara Municipal de São Paulo no aniversário do bairro.
Ângelo Carbone conta que seu avô materno ajudou na construção da Paróquia São José de Vila Palmeira, na Freguesia do Ó.
Figura admirada, Niube tinha o dom da palavra. Católica e rotariana, trabalhou pelas comunidades carentes. Levou amor e carinho aos menos favorecidos e ensinou a família a seguir seu exemplo.
Niube Guedes de Souza Carbone era viúva e sentia falta do marido. Ela morreu dia 19 de maio, aos 92 anos, por complicações após fratura de fêmur. Deixa três filhos, seis netos e sete bisnetos.
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