Paulo César Affonso Ferreira era um médico que marcava a vida dos pacientes. No lugar da pressa que muitos profissionais demonstram no momento de um atendimento, Paulo conduzia seu trabalho com doçura, amor, respeito e generosidade.
Paulo fundou a SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), suas especialidades, no Rio de Janeiro. Presidiu a entidade entre 1979 e 1982 e depois a SBGG Nacional.
Ao longo da carreira, conquistou destaque nos cenários nacional e internacional da medicina.
Desafiador e idealista, foi um entusiasta da profissão. O Hospital Municipal Souza Aguiar, no Rio de Janeiro, o teve como diretor entre 1990 e 1994.
“Perdi um irmão. Paulo era tranquilo, correto, íntegro e generoso com quem estava em início de carreira e também com os amigos. Era incapaz de cobrar pelos serviços prestados a um amigo”, diz a amiga há 48 anos, a geriatra e cardiologista Elizabete Viana de Freitas.
Paulo gostava de dar e receber atenção. “Ele amava as pessoas de idade. Um dia, fomos à casa de um paciente bem grave, que estava prestes a morrer. Ele sentou numa cadeira e ficou a noite inteira junto com a família até a pessoa morrer. tudo para não deixá-los sozinhos”, conta Elizabete.
Paulo César Affonso Ferreira morreu dia 2 de maio, aos 84 anos, após perder a luta contra a Covid-19. Ele estava internado no Hospital Samaritano de Botafogo, no Rio de Janeiro, desde 18 de abril. Deixa a companheira, dois filhos e três netos.
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